Resumo

Título do Artigo

RELAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE ESTÁTICA DE ARMAZENAGEM DE SOJA NO ESTADO DO MATO GROSSO E A COMPETITIVIDADE DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Armazenagem de soja
Vantagem competitiva
Capacidade estática de armazenagem

Área

Operações

Tema

Gestão de Operações em Serviços

Autores

Nome
1 - Ramon de Araujo Almeida
FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (FFIA) - Butantã
2 - Leandro Fraga Guimarães
Fundação Instituto de Administração - FIA - UEB

Reumo

O Brasil é atualmente um dos maiores produtores de grãos no mundo e essa posição só foi conquistada devido à tecnificação da produção no campo, por meio da mecanização agrícola, plantas melhoradas geneticamente e uso de insumos. Embora essas práticas resultaram em um nível de excelência ao país no que à produtividade, a infraestrutura logística e de armazenagem não evoluíram na mesma velocidade. Especificamente considerando o mercado de soja, o país deixou de ganhar bilhões de reais por falta de estrutura em suas operações e um dos motivos foi devido aos problemas de armazenagem.
O problema de pesquisa do estudo é responder a seguinte questão de pesquisa: Qual o ganho de competitividade que o agronegócio de soja no Brasil, especificamente no estado de Mato Grosso, pode ter, como decorrência do aumento da capacidade estática de armazenagem? Como objetivo, busca-se analisar os problemas de armazenagem de grãos de soja no Estado do Mato Grosso, além de identificar possíveis alternativas que solucionem/minimizem essa situação crítica.
Competitividade no Agronegócio; Armazenagem de Grãos; Pré-Armazenamento.
De natureza qualitativa e objetivo exploratório, a pesquisa de campo foi realizada junto a um grupo de seis especialistas do setor de armazenagem de soja mato-grossense, compreendendo produtores, pesquisadores, acadêmicos e traders. Dentre o grupo de questões abertas, buscou-se discutir problemas tais como: capacidade ideal; viabilidade de obter uma unidade armazenadora; modelos alternativos de armazenagem de grãos no MT; e ganhos de competitividade, obtendo-se uma capacidade de armazenagem condizente com a produção.
Para os especialistas pesquisados, essa percentagem recomendada é inviável para o Brasil, justamente pelo fato de ser um player importante no mercado e ser muito avançado em muitos sentidos (como, infraestrutura, economia, produção, tecnologia entre outras). Segundo os especialistas, nenhum dos principais players do setor têm essa capacidade, colocando essa teoria em cheque. Porém de acordo com os especialistas (exceto o Produtor Y), não há um número de armazenagem estática que seja unanimidade, nem por aproximação.
As discussões com especialistas denotam que o setor de armazenagem de grão de soja deve adotar modelos alternativos, e que o uso consorciado das instalações existentes e/ou economia compartilhada (tais como, cooperativas e unidades armazenadoras compartilhadas), podem ser uma boa saída para melhor trabalhar a capacidade atual e trazer maior competitividade ao negócio. Isso poderia otimizar as unidades ociosas, aumentando a capacidade dinâmica de armazenagem.
A bibliografia é composta, entre outros autores, em Capacidades Dinâmicas por Teece, Pisano e Shuen (1997), Eisenhardt e Martin (2000), Zollo e Winter (2002), Teece (2007), Barreto (2010), Meirelles e Camargo (2014) e Cardoso, Martins e Sato (2015), e em produção científica nacional por Martins (1997), Bertero, Caldas e Wood Jr (1999), Ferreira (2002) e Cordeiro et al., (2014).