2 - JOCELINO ANTONIO DEMUNER FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO (PIO XII) - Administração
Reumo
Os bens de luxo já foram para poucos privilegiados, mas agora se tornaram acessíveis para mais segmentos de renda (EASTMAN; EASTMAN, 2015), projetando uma rota de crescimento para o seu consumo (BAIN, 2012). Estudos mostram que os jovens em grande parte, são aqueles que absorvem o impacto das influências para o consumo. As motivações para o consumo por status de bens de luxo são explicadas por fatores internos e externos.
Os primeiros são: o hedonismo, o perfeccionismo e a recompensa pessoal. Os segundos são: o efeito Veblen, o efeito esnobe e o efeito adesão.
Este artigo teve por objetivo identificar a influência da interdependência entre os fatores de motivação internos e os fatores de motivação externos para o consumo por status de bens de luxo por jovens brasileiros.
O referencial teórico foi dividido com os seguintes capítulos e subcapítulos: Bens de Luxo, Consumo por Status, Fatores Internos e Fatores Externos.
O estudo de cunho descritivo e quantitativo foi realizado por meio de um teste ANOVA, uma regressão stepwise e regressão linear múltipla, a partir de uma amostra contendo 644 respostas de jovens brasileiros, entre 15 e 29 anos. A amostra foi não probabilística por acessibilidade e conveniência.
Os resultados obtidos sugeriram que as interdependências entre os fatores de motivação internos e os fatores de motivação externos influenciam a decisão de consumo por status de produtos de luxo pelos jovens brasileiros. Todas as variáveis testadas, com exceção das variáveis hedonismo e efeito adesão (quando na presença dos fatores em conjunto), se mostraram estatisticamente significantes ao nível de 5%, para explicar o consumo por status. A interdependência se mostrou mais expressiva quando os fatores internos estavam na presença dos fatores externos.
É possível inferir que existe interdependência entre os fatores de motivação internos e os fatores externos com o consumo por status de itens de luxo pelos jovens brasileiros. Essa interdependência se mostrou mais expressiva quando os fatores internos foram moderados pelos fatores externos, fazendo com que a capacidade explicativa do modelo passasse de 22,8% para 59,2%. Percebeu-se que os fatores motivadores externos quando analisados isoladamente, tinham mais representatividade na motivação para o consumo nos jovens pesquisados, representando quase 60% da variabilidade do consumo por status.
As principais referências utilizadas neste estudo foram retiradas de pesquisas dos seguintes autores: Eastman; Eastman, 2015; Hudders, 2012, Tsai, 2005 e Strehlau; Aranha (2004), dentre outros listados no artigo.