Resumo

Título do Artigo

MOTIVAÇÕES E PRESSÕES PARA ADOÇÃO DE UMA CONDUTA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL EM EMPRESAS FORNECEDORAS DO VAREJO
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Palavras Chave

Responsabilidade Social Corporativa
Teoria dos Stakeholders
Gestão Ambiental

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Responsabilidade Social Corporativa (RSC)

Autores

Nome
1 - Rômulo Alves Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria
2 - Mônica Cavalcanti Sá de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuárias e Contabilidade

Reumo

O trabalho avalia a influência de pressões exercidas por stakeholders na adoção de práticas de responsabilidade social corporativa. RSC pode ser entendida como um comprometimento contínuo por parte das empresas em agirem de forma ética e contribuir para o desenvolvimento econômico, associado à melhoria da qualidade de vida de sua força de trabalho e suas famílias, bem como da comunidade local e da sociedade como um todo. É possível identificar perfis de atuação entre as empresas, variando desde uma postura reativa as questões ambientais e sociais, até outro extremo, de elevado comprometimento.
As pressões dos stakeholders são capazes de influenciar a conduta social e ambiental de empresas que atuam no varejo? Para que esta pergunta seja respondida, esta pesquisa: identifica os perfis de resposta dada aos stakeholders com base nas pressões percebidas pelas empresas; compara a importância dada para cada um dos stakeholders entre os perfis, verifica como as características das empresas contribuem para a percepção das pressões oriundas dos stakeholders; e analisa como as práticas de RSC são influenciadas pelos perfis de resposta das empresas e suas características.
As pressões que os stakeholders são capazes de exercer sobre uma empresa influenciam a adoção de práticas de responsabilidade social (ABREU; FREITAS; MELO, 2015). Uma organização pode afetar seus stakeholders tanto de modo positivo, como de modo negativo, e em contrapartida, um stakeholder pode atuar de modo a contribuir ou impedir que uma empresa atinja seus objetivos (ROWLEY; BERMAN, 2000).
A pesquisa é quantitativa e um questionário de 36 perguntas foi aplicado a 141 empresas fornecedoras do varejo no Brasil. Os dados foram submetidos a uma análise de clusters, árvore de classificação, ANOVA e regressão múltipla.
A pesquisa confirma que uma postura proativa das empresas influencia positivamente a adoção de práticas de RSC relacionais e internas, mas não as ambientais, que estão mais fortemente associadas com uma postura defensiva e acomodada. As empresas nestes perfis de atuação destinam menos recursos para práticas de RSC, e precisam focar mais naquilo que consideram mais importante, o que nesse caso está associado a pressões de stakeholders normativos e ligados à imagem da empresa.
A pesquisa revela quatro perfis de responsividade para as 141 empresas analisadas. O “Reativo” em que os objetivos para adoção das práticas de RSC não estão bem claros, um defensivo, que enxerga a RSC como forma de promoção do bem estar, mas não a incorpora em questões estratégicas da empresa, um grupo acomodado, que apresenta certa neutralidade em relação aos objetivos de adoção dessas práticas, e um proativo, em que as empresas demonstram incorporar as práticas de RSC às suas decisões estratégicas e buscam um relacionamento prolífico com seus stakeholders.
ABREU, M. C. S.; FREITAS, A. R. P.; MELO, S. O. G. The role of foreign and local companies in shaping Brazilian positions on global sustainability: empirical evidence from a survey research. International Journal of Business Governance and Ethics, v. 10, n. 3/4, p. 305-323, 2015. JAMALI, D. Stakeholder approach to corporate social responsibility: a fresh perspective into theory and practice. Journal of Business Ethics, v. 82, p 213-231, 2008. ROWLEY, T. BERMAN, S. A Brand New Brand of Corporate Social Performance, Business & Society, v. 39,n. 4, 397-418, 2000.