Resumo

Título do Artigo

RISCO IDIOSSINCRÁTICO DETERMINADO POR CARACTERÍSTICAS SETORIAIS E DE GOVERNANÇA
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Palavras Chave

RISCO IDIOSSINCRÁTICO
SETORES ECONÔMICOS
NÍVEIS DE GOVERNANÇA

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Alyne Cecilia Serpa Ganz
-
2 - Luana Sara Bizatto
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - PPGCC - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
3 - Adriana Kroenke
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis

Reumo

O risco idiossincrático tem sido alvo de diversas investigações que objetivam entender e explicar este risco. Diversas vertentes de explicação para o risco idiossincrático são sugeridas pela literatura, dentre estas estão a governança corporativa e o setor econômico. O risco idiossincrático é o risco especifico à cada empresa, que independe do mercado, logo Costa, Mazzeu e Costa Jr. (2016) afirmam que estudos que investiguem a influência dos diferentes setores ou níveis de governança, que são também particulares à empresa, no risco idiossincrático é importante para a literatura.
No contexto da volatilidade não explicável do retorno das ações ao nível do risco idiossincrático, e o que pode estar influenciando ou explicando parte deste risco, surge a seguinte questão que norteou o presente trabalho: Quais setores econômicos e níveis de governança discriminam de forma diferente dos demais o risco idiossincrático? E ainda para responder à pergunta de pesquisa apresentada tem se como objetivo analisar o risco idiossincrático nos diferentes setores econômicos e níveis de governança.
O risco idiossincrático, especifico à cada empresa, é alvo de pesquisas quanto a sua explicação, Abu-Ghunmia, Bino e Tayeh (2015) afirmam que algumas variáveis que expliquem esse risco já foram identificadas. Porém a literatura ainda não foi capaz de explicar por completo este risco (Rubin & Smith, 2011). Costa, Mazzeu e Costa Jr. (2016) afirmam que as diferenças intrínsecas à cada setor de atividade econômica pode influenciar o risco idiossincrático de forma diferente, semelhantemente e corroborando com os autores acima Rogers et al. (2008) afirmam que a governança influencia este mesmo risco
O estudo caracteriza-se como descritivo, documental e quantitativo. A população de estudo compreende todas as empresas listadas na BM&FBovespa, sendo a amostra composta por 356 empresas, sendo essas as que possuíam todos os dados necessários a pesquisa. O modelo de três fatores de Fama e French (1993) foi utilizado para estimação do risco idiossincrático entre os anos de 2011 e 2015, sendo estes subdivididos de acordo com os setores econômicos e níveis de governança posteriormente. Os dados foram coletados na Thomson® e foi utilizado o software SPSS para realização dos testes necessários.
Os resultados indicam que o setor de 'tecnologia e telecomunicação' possui a maior média do risco idiossincrático e o setor de 'Petróleo, Gás e Biocombustível' apresenta o menor valor para o mesmo risco. Além desses a governança é encontrada para diminuir o risco idiossincrático e o Novo Mercado é o nível de governança com menor média para esse risco. A influencia da governança corporativa foi comprovada pela regressão, indicando que quanto maior a governança corporativa menor o risco idiossincrático das empresas brasileiras, o setor economico na analise de regressão não foi significativo.
Os resultados da pesquisa contribuem para os usuários externos da informação contábil, usuários da contabilidade financeiras e pesquisadores e profissionais do mercado de capitais, ao identificar quais são as características setoriais e de governança do risco idiossincrático no cenário brasileiro, encontrando que alguns setores e o maior nível de governança corporativa de acordo com bolsa de valores de São Paulo possuem os menores risco do mercado de capitais brasileiro.
Abu-Ghunmi, D., Bino, A., & Tayeh, M. (2015). Idiosyncratic Risk and Corporate Governance: Evidence from Jordan. Emerging Markets Finance and Trade, 51(sup4), S40-S50. Costa, H. C., Mazzeu, J. H. G. & Costa Jr, N. C. A. (2016). O Comportamento dos Componentes da Volatilidade das Ações no Brasil/(The Behaviour of Volatility Components of Brazilian Stocks). Revista Brasileira de Financas, 14(2), 225. Fu, F. (2009). Idiosyncratic risk and the cross-section of expected stock returns. Journal of Financial Economics, 91(1), 24-37.