Resumo

Título do Artigo

INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS NO SPREAD BANCÁRIO BRASILEIRO
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Palavras Chave

Análise de regressão
Spread bancário
Variáveis socioeconômicas

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Michelle Nunes Garcia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Ciências Integradas do Pontal-FACIP
2 - Odilon José de Oliveira Neto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Campus Pontal
3 - Renata Mendes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Pontal

Reumo

Embora existam vários estudos sobre spread bancário, tais como os de Saunders e Schumacher (2000), Afonso, Kohler e Freitas (2009) e Silva, Modenesi e Ribeiro (2013), verifica-se a necessidade de avançar na pesquisa sobre o tema, principalmente, no que se refere à influência de importantes variáveis econômicas que, hipoteticamente, poderiam afetar o comportamento do spread bancário. Como forma de gerenciar seus ativos e conservar os lucros, mesmo diante dos riscos da inadimplência, da liquidez e da taxa de juros, os bancos focam no spread bancário.
A problemática deste estudo é direcionada, principalmente, para as instituições financeiras, devido à expectativa de evidências de impactos no spread bancário por alterações advindas de oscilações em diferentes variáveis socioeconômicas e monetárias. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo examinar quais as variáveis, caracterizadas no contexto socioeconômico e monetário, mais influenciaram o spread bancário brasileiro entre os anos de 2002 a 2016.
Na abordagem teórica sobre o tema spread bancário destaca-se diversas pesquisas, tais como as de Ho e Saunders (1981) Demirgüç-Kunt e Huizinga (1999), Saunders e Schumacher (2000), Afanasieff, Lhacer e Nakane (2002), Dias e Ichikava (2011) e Silva, Modenesi e Ribeiro (2016). A partir destas pôde-se notar o quão importante é a discussão sobre o spread bancário e seus determinantes, além da capacidade dos métodos na estimação da relação entre os mesmos. Notou-se também a necessidade de avanço da investigação sobre quais são as variáveis que melhor explicam as variações do spread bancário.
Para realização do presente estudo, foi realizada, inicialmente, a análise estatística descritiva e de correlação linear e, em seguida, aplicou-se a análise de regressão linear múltipla, tendo o spread bancário brasileiro como variável dependente. Como variáveis independentes foram selecionadas: a inadimplência, o crédito, os índices de inflação (INPC e IPCA), a taxa de juros básica do país, a taxa de câmbio de venda, a renda, o desemprego, o produto industrial e o Produto Interno Bruto.
Na análise de resultados, ressalta-se a seleção de quatro modelos de regressão linear que melhor explicam a variação do spread bancário brasileiro, dentre eles, o modelo quatro foi o que apresentou maior robustez e capacidade de explicação das variações no spread bancário brasileiro. Neste, a renda, a taxa Selic, o produto interno bruto, o produto industrial nacional e o volume de crédito explicam 27,9% das variações do spread bancário brasileiro.
Os resultados da análise de regressão evidenciaram que as variáveis que mais influenciaram o spread bancário brasileiro no período 2002-2016, foram a renda (Modelo 1), renda e taxa Selic (Modelo 2), renda, taxa Selic, Produto Interno Bruto e Produto Industrial Nacional (Modelo 3) e renda, taxa Selic, Produto Interno Bruto, Produto Industrial Nacional e volume de crédito (Modelo 4). Além disso, vale destacar a capacidade dessas variáveis em explicar as variações ocorridas no spread bancário brasileiro.
HO, T. S. Y.; SAUNDERS, A. The Determinants of Bank Interest Margins: Theory and Empirical Evidence. The Journal Of Financial And Quantitative Analysis, Seattle, v. 16, n. 4, p.581-600, nov. 1981. DEMIRGÜÇ-KUNT, A; HUIZINGA, H. Determinants of commercial bank interest margins and profitability: Some international evidence. The World Bank Economic Review, Oxford, v. 13, n. 2, p.379-408, maio 1999. SAUNDERS, A.; SCHUMACHER, L. The determinants of bank interest rate margins: an international study. Journal of international money and finance, v. 19, n. 6, p.813-832, dez. 2000.