Resumo

Título do Artigo

ENSINO DE EMPREENDEDORISMO: BUSINESS MODEL CANVAS À LUZ DA ANÁLISE DE CONTEÚDO QUALITATIVA ESTRUTURAL DE PHILIPP MAYRING NA PERSPECTIVA DA ESTRATÉGIA COMPETITIVA
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Palavras Chave

Estratégia
Competitividade
Canvas

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Ambientes de ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Aline Pereira Neves da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) - Seropédica
2 - Luiz Alberto de Lima Leandro
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO (UFRRJ) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

O estudo apresenta a análise da associação da metodologia Business Model Canvas (BMC) com os fatores críticos para o sucesso das MPEs à luz da teoria da estratégia competitiva. O estudo emergiu da experiência dos autores no ensino de Empreendedorismo em uma IFES. Utilizou-se como metodologia a análise de conteúdo qualitativa estrutural de Mayring (2002). O BMC analisa as dimensões das MPEs de maneira insuficiente. Há necessidade de reformular a estrutura do BMC para incluir a perspectiva estratégica no seu escopo. Os autores sugerem estudos para o desenvolvimento de um novo layout para o BMC
A reflexão sobre o BMC ministrado atualmente em diversos cursos de graduação em Administração pode contribuir para o avanço do ensino do Empreendedorismo no âmbito da educação empreendedora. Configura-se como premente a reflexão sobre estratégias que possibilitem o gerenciamento nas MPEs no Brasil. Nesta perspectiva, emerge a seguinte questão: a metodologia Business Model Canvas (BMC) coaduna-se aos elementos essenciais da estratégia competitiva?
A literatura informa que é preciso que as empresas combinem suas atividades da melhor forma possível de modo a criar um posicionamento nas indústrias em que competem (Porter, 1989,1996, 2004, 2009, Ensign, 2001, Hexsel & Henkin, 2003). Pesquisas como as de Orofino (2011), Bonazzi e Meirelles (2013, 2015), Macedo et al. (2013), Soldatti e Bichueti (2014), Teixeira e Lopes (2014), Zolnowski, Weiß e Bohmann (2014), Araújo et al. (2015), Dudin et al. (2015), Jackson, Scott e Schwagler (2015), Moré, Teixeira e Gonçalo (2015), O’Neill (2015) e Türko (2016) apresentam estudos práticos do BMC
A operacionalização deste trabalho partiu da Análise de conteúdo qualitativa estrutural de Mayring (2002). O presente trabalho foi desenvolvido na perspectiva descritiva de pesquisa. O design de pesquisa escolhido foi a pesquisa bibliográfica, pois a análise dos dados partiu do levantamento da principal obra sobre o Business Model Canvas
O BMC possui pontos fortes e fracos na sua estrutura. Os fortes: interface gráfica; modelagem menos burocrática; participação dos stakeholders; estabelecimento de parcerias; a determinação da proposta do negócio; relação com clientes e definição dos canais utilizados. Fracos: baixa interpretação da influência do ambiente externo; a percepção acrítica de de clientes e fornecedores; indefinição da estratégia adotada; a não consideração da existência de substitutos e entrantes potenciais. A definição das atividades não é associada ao estabelecimento de vantagem competitiva e cadeia de valor
Uma das maiores deficiências do BMC repousa no fato deste abordar relação da empresa com o setor do negócio em que faz parte. Tal fato pode influenciar tanto nas ações que englobam o ambiente interno quanto externo. A compreensão da indústria que a organização está inserida possibilita a avaliação das barreiras que a impendem de entrar e sair do negócio. Entende-se que, sob a ótica dos fatores críticos para o sucesso das MPEs, é necessário que o dirigente saiba projetar a cadeia de valor e as ações estratégicas do empreendimento conforme o comportamento da indústria da qual faz parte
Toro-Jarrín, M. A., Ponce-Jaramillo, I. E., & Güemes-Castorena, D. (2016). Methodology for the of building process integration of Business Model Canvas and Technological Roadmap. Technological Forecasting and Social Change, 110, 213-225. Mayring, P. (2002). Einführung in die qualitative Sozialforschung [Introdução à pesquisa social qualitativa]. (quinta edição). Porter, M. E. (1989). Vantagem Competitiva – Criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Elsevier.