Resumo

Título do Artigo

EXPLORANDO AS RELAÇÕES ENTRE CULTURA E APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Cultura
Aprendizagem
Comportamento Organizacional

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Gédson Mário Borges Dal Forno
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Departamento de Computação Aplicada
2 - Jefferson Menezes de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
3 - VANIA DE FATIMA BARROS ESTIVALETE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Departamento de Ciências Administrativas
4 - Felipe Martins Muller
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Centro de Tecnologia - Departamento de Computação Aplicada

Reumo

Partindo do pressuposto que aprendizagem ocorre de acordo com a cultura estabelecida pela organização, indaga-se sobre as relações existentes entre aprendizagem organizacional (AO) e cultura organizacional (CO). Corrobora-se a ideia de que um novo aprendizado, ao tornar-se coletivo, poderá levar a modificações na CO. Inversamente, entende-se que mudanças na CO poderão conduzir a novas maneiras de aprender ou influenciar no aprendizado.
Realizado no âmbito de uma organização pública, o estudo guiou-se pelo seguinte questionamento: quais as relações existentes entre a cultura e a aprendizagem organizacional, sob a perspectiva dos servidores de uma instituição federal de ensino superior? Para responder à questão de pesquisa, a partir da mensuração da CO e da AO, estabeleceu-se como objetivo identificar as possíveis relações entre os fatores de cultura organizacional e de aprendizagem organizacional no contexto pesquisado.
Ferreira et al. (2002), desenvolveram um instrumento para avaliação da CO, o qual fundamentou-se na identificação dos valores e das práticas que configuram a cultura de uma organização, denominado de Instrumento Brasileiro para Avaliação da Cultura Organizacional (IBACO). No que tange à mensuração da AO, Goh e Richard (1997) desenvolveram um instrumento de medida chamado Organizational Learning Scale (OLS), validado no contexto brasileiro por Angelim e Guimarães (2003).
Com caráter descritivo, o estudo foi conduzido por meio de uma survey, a qual foi respondida por 154 servidores lotados na organização pesquisada. O questionário contemplou o IBACO, a OLS e questões de perfil. Primeiramente, foram realizadas análises fatoriais exploratórias dos construtos CO e AO. Posteriormente, com a finalidade de identificar a existência de relação entre os fatores da CO e da AO, calcularam-se os coeficientes de Correlação de Pearson.
Em relação à CO, quanto aos fatores comumente adotados pelos servidores, foi possível a identificação de oito fatores com confiabilidade satisfatória. No que diz respeito aos fatores potencializadores da AO no contexto pesquisado, após a análise fatorial, foram extraídos quatro fatores com confiabilidade satisfatória. O estudo das correlações entre CO e AO permitiu identificar que os construtos possuem associações entre a maior parte de seus fatores, destacando-se as relações significativas positivas.
Por meio da avaliação da percepção dos servidores, foi possível identificar e compreender as relações existentes entre os fatores da CO e da AO na organização pesquisada. Tais resultados permitiram identificar um entrelaçamento entre os temas dada a proeminência de correlações significativas positivas, em sintonia com o disposto na literatura.
ANGELIM, G. P.; GUIMARÃES, T. A. Potencial de Aprendizagem Organizacional e Qualidade de Gestão: um Estudo Multicaso em Organizações Públicas Brasileiras. São Paulo: Anais do 27º EnANPAD, 2003. FERREIRA, M. C., ASSMAR, E. M. L., ESTOL, K. M. F., HELENA, M. C. C. C., CISNE, M. C. F. Desenvolvimento de um instrumento brasileiro para avaliação da cultura organizacional. Estudos de Psicologia, 7(2), 271-280, 2002. GOH, S.; RICHARDS, G. Benchmarking the Learning Capability of Organizations. European Management Journal. v. 15(5), p. 575-583, 1997.