Resumo

Título do Artigo

INOVAÇÃO EM MODELO DE NEGÓCIOS: UM ESTUDO NO SETOR EDUCACIONAL
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Palavras Chave

modelo de negócio
startup
gestão na educação

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - Thiago Augusto e Vasconcelos Magalhães
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA

Reumo

Startups direcionadas a melhorar a eficiência na gestão das atividades escolares por meio do uso da tecnologia enfrentam o desafio de adaptar seus modelos de negócio a cada nova descoberta sobre o mercado em que atuam. Segundo Muller (2014), é necessário um processo de adaptação contínua do modelo de negócio para que uma empresa se mantenha competitiva. Assim, faz-se necessária uma investigação empírica acerca de quais elementos dos modelos de negócio dessas startups precisam ser adaptados para que essas empresas se mantenham competitivas no longo prazo.
Definiu-se como questão de pesquisa para esse estudo: quais os pontos de mudança nos modelos de negócio das startups de gestão escolar podem alavancar o desempenho dessas empresas no longo prazo? O objetivo geral desse estudo foi identificar quais os pontos de mudança no modelo de negócio dessas startups podem alavancar suas performances no longo prazo.
A visão integradora de Meirelles (2015) propõe três dimensões para o modelo de negócio (MN): criação, configuração e apropriação de valor. Segundo Amit e Zott (2001), há quatro fontes de criação de valor em e-business: novidade, eficiência, complementaridades e lock-in. Stabell e Fjeldstad (1998) concebem três modelos de configuração de valor: value chain, value shop e value network. Chesbrough e Rosenbloom (2002) e Teece (2010) focam no mecanismo de geração de renda, a apropriação de valor.
Adotou-se a metodologia qualitativa (FLICK, 2004) de natureza descritiva e exploratória (COLLIS; HULLEY, 2005). Selecionou-se seis startups de gestão na área de educação como objeto de pesquisa, indicadas por especialistas. A técnica de coleta de dados utilizada foi a de entrevista em profundidade, baseada em roteiro estruturado, que captou os depoimentos dos entrevistados acerca de suas experiências, opiniões, sentimentos e conhecimento (PATTON, 2002). Para o tratamento dos dados obtidos foi utilizada a análise de conteúdo (BARDIN, 2007).
A análise do modelo de negócio das startups baseou-se na visão integradora de Meirelles (2015). A etapa de criação de valor foi analisada segundo a perspectiva de Amit e Zott (2001); a de configuração foi analisada segundo Stabell e Fjeldstad (1998), que discorreram sobre a lógica de configuração das atividades em value networks; e a apropriação de valor foi analisada segundo Chesbrough e Rosenbloom (2002) e Teece (2010), que demonstram para quais aspectos as organizações de cunho tecnológico devem direcionar seus esforços para que a maior parte do valor criado permaneça internamente.
a) Criação de valor – Identificou-se a falta de dois fatores de contribuição para a criação de valor: programas de fidelidade para as escolas e complementariedades à oferta principal. b) Configuração de valor - Observa-se que a atividade mais crítica é a promoção da rede, como forma de aumentar a base de usuários. Há pouco trabalho ativo na gestão da imagem on-line das empresas. c) Apropriação de valor - A velocidade com que essas empresas conquistarão novos mercados e o relacionamento delas com as escolas são os fatores-chaves para a apropriação do valor criado no longo prazo.
Amit e Zott (2001); Bardin (2009); Chesbrough e Rosenblom (2002); Collis e Hussey (2005); Fick (2004); Flick (2011); Godoi e Mattos (2006); Godoy (1995); Gitahy (2011); Lee (1999); Magretta (2002); Meirelles (2015); Osterwalder e Pigneur (2010); Patton (2002); Ries (2011); Richardson et al. (1999); Stabell e Fjeldstad (1998); Teece (2010); Vergara (2007)