Resumo

Título do Artigo

A ARMAZENAGEM COMO ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO PARA O PRODUTOR: UMA ANÁLISE UTILIZANDO SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
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Palavras Chave

Armazenagem
Simulação de Monte Carlo
Comercialização

Área

Operações

Tema

Logística e Cadeia de Suprimentos

Autores

Nome
1 - Fernando Vinícius da Rocha
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
2 - Abner Matheus João
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - ESALQ
3 - José Vicente Caixeta Filho
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - ESALQ

Reumo

O agronegócio, nos últimos anos, tem sido destaque em termos de geração de divisas ao Brasil. A importância de tal setor está associada ao fato de este ser responsável por 25% do Produto Interno Bruto brasileiro (CEPEA, 2016). Nesse contexto, destaque é dados à cadeia de soja (SILVA et. al, 2011), cujo as quantidades exportadas foram superiores à 67 milhões de toneladas no ano de 2016 (MDIC, 2016).
De modo específico, o trabalho objetiva responder o seguinte conjunto de questões: “qual o ganho ou perda estimado para cada uma das possibilidades de comercialização encontradas pelos produtos após a colheita?” e “qual a probabilidade de o produtor rural ter acréscimo na receita a partir da utilização da armazenagem?”.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2016), o resultado da safra 2015/2016 manteve o Brasil como segundo maior produtor de soja do mundo, sendo responsável por 34,23% da produção mundial. Os estados com maior representatividade são o Mato Grosso e o Paraná, representando 27,25% e 16,88% da produção nacional, respectivamente (EMBRAPA, 2016). Apesar da tradição paranaense na produção de grãos, a evolução da capacidade estática para o armazenamento de grãos no estado não acompanhou os incrementos na quantidade produzida.
Para incorporar o risco envolvido, em uma séris de análises, diversos trabalhos utilizam a técnica da Simulação de Monte Carlo. Tal método é utilizado com o intuito de simular a ocorrência de determinado evento, considerando a distribuição de probabilidade com que este está associado, de modo a compreender um fenômeno de interesse (Gentle, 1998).
Os resultados indicam que, independente do mês de colheita, ao optar por armazenar a sua produção, o produtor tem o mês de julho como melhor período para vendê-la. Neste mês, o valor esperado da diferença de receita é de R$ 0,91/saca, R$ 2,75/saca e R$ 2,52/saca, para as situações de colheita da soja nos meses de janeiro, fevereiro e março, respectivamente.
A partir das análises apresentadas na seção anterior deste artigo, o trabalho mostra que a utilização da armazenagem possibilita aos produtores a obtenção de receitas superiores. A estratégia que garante o melhor resultado é dependente do dinamismo do preço pago aos produtores na região em que este agente está inserido.
ALLARDO, A.P.; STUPELLO, B.; GOLDBERG, D.J.K.; CARDOSO, J.S.L.; PINTO, M.M.O. Avaliação da Capacidade da Infraestrutura de Armazenagem para os Granéis Agrícolas Produzidos no Centro-Oeste Brasileiro. CEGN – Centro de Estudos em Gestão Naval. Disponível em: . Acesso em 14/06/2017. BCB – Banco Central do Brasil. Taxa Selic. Disponível em: < http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/SELICTAXA> Acesso em 14/06/2017. CAIXETA FILHO, J.V.; MARTINS, R. S. (org.). Gestão Logística do Transporte de Carga. São Paulo, Editora Atlas, 2001