Resumo

Título do Artigo

AS DIFERENÇAS ENTRE O MODELO E AS COMPETÊNCIAS DA PARCERIA ESTRATÉGICA ENTRE A GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E OS GESTORES DE LINHA EM EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS
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Palavras Chave

parceria estratégica
gestão de recursos humanos
gestores de linha

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Políticas, Modelos e Práticas

Autores

Nome
1 - Denise Gonçalves Rosa
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Pinheiros
2 - JUNIA BOTTER
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Liberdade

Reumo

Meneses et al. (2014) apontam que, na última década, são raras as investigações acadêmicas sobre os aspectos estratégicos pertinentes ao campo de estudos de Gestão de Recursos Humanos. Uma das temáticas, que faz parte do escopo do referido campo e, que vem crescendo a partir de 2000 (28,72% entre 2001 e 2005, e 41,19% entre 2006 e 2009) em jornais internacionais é a parceria estratégica entre a área de recursos humanos (ARH) e os gestores de linha (GL) (QADEER et al., 2011). Almeja-se com este estudo que os GL e os profissionais de RH obtenham subsídios para traçarem estratégias conjuntas.
Considerando que as empresas multinacionais funcionam como disseminadores dos modelos de relacionamento, questiona-se: como as empresas que atuam no Brasil, nacionais e multinacionais, estão configurando seus modelos de parceria entre a ARH e os gestores de linha? E quanto às competências dos profissionais? Logo, o objetivo geral desse artigo é comparar as características do modelo de parceria entre a área de gestão de recursos humanos e os gestores de linha em empresas nacionais e multinacionais, destacando as diferenças significativas, em especial as referentes às competências profissionais.
Diversos são os autores que defendem a participação da ARH na formulação das estratégias do negócio (BREWSTER, HEGEWISH, 1994; ANTHONY, PERREWÉ, KACMAR, 1996; ULRICH, 1997; BECKER, HUSELID, ULRICH, 2001). Da mesma forma, tais autores argumentam que, tanto o sucesso quanto o fracasso da implementação da estratégica depende da relação entre ARH e gestores de linha, inclusive sob risco de se destruir valor (BECKER, HUSELID, ULRICH, 2001). Qadeer et al.(2011) evidenciaram que mais de 70% dos estudos foram produzidos a partir da década de 2000 (28,72% entre 2001 e 2005 e 41,19% entre 2006 e 2009).
Realizou-se uma survey e o questionário, com base em Holley (2009) e CRANET Network (FISCHER, AMORIM, 2015), está subdividido em três seções: a) dados demográficos; b) modelos de relacionamento entre ARH e gestores de linha; e c) atuação e competências do business partner. A coleta de dados via on-line e a amostra não probabilística e intencional contou com 99 respondentes, 59,6% de empresas nacionais e de 40,4% de multinacionais. Testou-se a hipótese H1a, b, c, d por meio de análise bivariada via software estatístico SPSS versão 21 e aplicou-se a regressão logística nas demais hipóteses.
Constatou-se não existir diferenças significativas entre os modelos de parceria entre a gestão de recursos humanos e os gerentes de linha segundo o tipo da empresa. Todavia, identificou-se diferenças significativas quanto à utilização de tecnologia da informação, domínio de conhecimento dos processos de GRH e de competências necessárias para a atuação como parceiro estratégico. Verificou-se também que as decisões sobre pagamentos e benefícios (68,8%) e relações de trabalho (62,5%) são tomadas unilateralmente, sem a consulta de um dos parceiro estratégico.
Identificou-se neste estudo que as empresas nacionais possuem deficiências em relação à utilização de tecnologias para agregar valor ao seu trabalho estratégico, apesar dos avanços na área. Levantou-se também que as multinacionais conseguem exercer melhor seus papeis estratégicos, pois interpretam e diagnosticam questões organizacionais com mais eficiência. Já em algumas práticas de RH as decisões são tomadas unilateralmente, provavelmente, por falta de confiança e comunicação entre os gestores de linha e parceiros estratégicos, como indicam Stříteský e Quigley (2014) e Njemanze (2016).
Brockbank, W., & Ulrich, D. (2009). The HR business-partner model: Past learnings and future challenges. People & Strategy, 32(2), 5-8. Caldwell, R. (2010). Are HR business partner competency models effective. Applied HRM Research, 12(1), 40-58. Lima, L. C., & Fischer, A. L. (2013). A Área de Recursos Humanos como Consultoria Interna e sua capacidade de inovação. In: Congresso Nacional de Excelência em Gestão, IX CNEG. Njemanze, I. (2016).What does being a strategic HR Business Partner look like in practice? Cornell University, ILR School site: http://digitalcommons.ilr.cornell.edu/student/101