Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADES DINÂMICAS DE SERVITIZAÇÃO E ECOSSISTEMAS DE SERVIÇO: APRESENTAÇÃO DE UM MODELO ANALÍTICO
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Palavras Chave

Capacidades dinâmicas de servitização
Inovação em Serviços
Ecossistema de serviço

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada em Recursos

Autores

Nome
1 - Jeanne de Brito Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - Coppead
2 - Eduardo Raupp de Vargas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - COPPEAD

Reumo

A servitização (Vandermerwe & Rada, 1988) tem sido uma estratégia utilizada pelo setor manufatureiro para sua diferenciação. A mudança envolve riscos, levando empresas a desistirem do processo. Estudos têm revelado o papel crítico das capacidades dinâmicas no fenômeno, associando-as à oferta de novos serviços (Baines, 2015). Em função do aspecto relacional que envolve a prestação de serviços, a abordagem de ecossistemas é trazida para a análise do fenômeno (Akaka et al., 2013). Como o contexto do setor é diferenciado, propõe-se aqui a existência de capacidades dinâmicas diferenciadas.
As empresas manufatureiras estão adotando cada vez mais estratégias de servitização para se diferenciarem no mercado. A incorporação de serviços traz riscos à organização. O investimento em capacidades dinâmicas de servitização pode ser uma resposta a estes desafios, assim, o objetivo do ensaio é desenvolver uma discussão, com apresentação de um modelo analítico, propondo a existência de capacidades dinâmicas específicas para o fenômeno da servitização, a partir de uma abordagem de ecossistemas de serviço. Estas capacidades receberão o nome de capacidades dinâmicas de servitização.
O artigo é suportado pelas teorias de capacidades dinâmicas (Eisenhardt & Martin, 2000; Hertog et al., 2010; Teece et al., 1997; Teece, 2007); pelas teorias de servitização (Davies, 2004 e Kowalkowski et al., 2015; Oliva & Kallenberg, 2003) e pela visão de ecossistemas de serviço (Akaka et al., 2013; Chandler & Vargo, 2011; Lusch & Nambisan, 2015; Vargo et al., 2015; Vargo & Lusch, 2004).
A metodologia partiu de uma revisão de literatura na base de dados Web of Science, da qual foram extraídos os principais termos de busca relacionados a capacidades dinâmicas, (dynamics capabilities; organizational capability; dynamic resource-based view; core capabilities, innovative capabilities, service innovation capabilities) e servitização (servitization, service-oriented, product support, integrated solutions, industrial services, service strategy, after-sales services, service design, service marketing, service operations, service infusion), junto com manufacturing e innovation.
O resultado deste estudo é a apresentação de um modelo analítico contemplando o desenvolvimento de capacidades dinâmicas específicas para o processo da servitização, a depender das trajetórias de inovação em serviço buscadas pela empresa manufatureira, e dos desafios associados a elas.
Conclui-se que a discussão sobre servitização precisa incorporar duas questões: o contexto nas quais as empresas manufatureiras estão inseridas, exigindo processos e estruturas diferenciadas, aqui denominadas de capacidades dinâmicas de servitização, bem como a necessidade de se incorporar uma perspectiva de análise mais ampla, como a visão de ecossistemas, para analisar os processos de inovação em serviço, a partir das forças do contexto nas proposições de valor.
Baines (2015); Beirão et al. (2017); Chandler & Vargo (2011); Davies (2004); Eisenhardt & Martin (2000); Eloranta & Turunen (2015). Fischer et al. (2010); Gebauer et al. (2005); Hertog, et al. (2010); Kindström & Kowalkowski (2014); Kindström et al. (2013); Kowalkowski et al. (2015); Lusch & Nambisan (2015); Oliva & Kallenberg (2003); Teece (2007); Teece et al. (1997); Ulaga & Reinartz (2011); Vandermerwe & Rada (1998); Vargo & Lusch (2004); Vargo & Lusch (2008); Vargo & (2011); Vargo et al. (2015); Wallin et al. (2015); Windahl & Lakemond (2010); Windahl et al. (2004).