Resumo

Título do Artigo

A COLA NA ESCOLA DE NEGÓCIOS E SUA RELAÇÃO COM A SÍNDROME DO IMPOSTOR
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Cola
Síndrome do Impostor
Teste T

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Novas Tecnologias de Ensino e Pesquisa

Autores

Nome
1 - Patrícia Andréa Victório Camargo de Matos
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Controladoria e Contabilidade
2 - Cristiana Gobbi Macedo
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Controladoria e Contabilidade
3 - Rodrigo Camargo de Matos
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS (FGV) - Campinas

Reumo

Em meio a diversos escândalos de corrupção que assolam o Brasil nos últimos anos, a ética emerge como um tema contemporâneo e de grande importância na academia. Isso porque, em médio e longo prazo, essa prática pode gerar, ao menos, duas implicações: uma relacionada à banalização de embustes como forma de solução dos desafios da vida social e profissional, e outra relacionada ao presumível comprometimento da formação dos futuros profissionais e, por conseguinte, da qualidade dos serviços.
Considerando a alta incidência da síndrome do impostor (SI) entre o alunado brasileiro (Matos, 2014) e assumindo que os impostores utilizam comportamentos fraudulentos, a questão que norteia o presente estudo é: qual é a crença dos alunos dos cursos de negócios acerca das práticas acadêmicas desonestas?
Define-se a prática acadêmica desonesta como um termo abrangente que inclui a cola, o plágio, a inserção de seu nome em um trabalho no qual não contribui e qualquer coisa que dê vantagem a um aluno em detrimento de outro (Pimenta, 2010; Oakley, 2007). Os impostores, como acreditam não merecerem o sucesso, criam obstáculos para justificar seu desempenho como um meio para se preservarem do medo do fracasso. A desonestidade acadêmica constitui em um obstáculo que justifique seu possível fracasso.
A pesquisa apresenta delineamento descritivo por delimitar as características do fenômeno sem estabelecer relações ou explicações causais (Gil, 2009) e tem abordagem quantitativa. Foram utilizadas a escala CIPS - Clance Impostor Phenomenon Scale - desenvolvida por Clance (1985) para detectar os sintomas do fenômeno do impostor e a escala de Chapman et al. (2004), adaptada ao cenário brasileiro por Veludo-de-Oliveira et al. (2014) para identificar as Crenças sobre práticas acadêmicas desonestas.
Para mensurar tal relação foram aplicados questionários acerca da Síndrome do Impostor e escala Chapman para 72 alunos da graduação e pós-graduação na área de Ciências Contábeis. A técnica do Teste T foi escolhida para verificar a existência da diferenciação entre as médias dos grupos estudados e escala Chapman.
Os resultados obtidos apontaram para uma diferenciação em idade, escolaridade, SI, etnia e benefício de bolsa: os alunos mais velhos e casados ou divorciados tendem a acreditar mais que os outros que a carga excessiva de trabalho estimula às práticas desonestas e ainda os alunos que apresentam SI também tendem a acreditar que a utilização de práticas desonestas para passar de anos são justificáveis.
Almeida, F., Seixas, A., Gama, P., Peixoto, P., & Esteves, D. (Eds.). (2016). Fraude e plágio na Universidade: a urgência de uma cultura de integridade no Ensino Superior. Imprensa da Universidade de Coimbra/Coimbra University Press. Baird, J. S. (1980). Current trends in college cheating. Psychology in the Schools, 17(4), 515-522. Barnett, D. C., & Dalton, J. C. (1981). Why college students cheat. Journal of College Student Personnel, 22(6), 545-51. Brems, C., Baldwin, M. R., Davis, L., & Namyn