INOVAÇÃO, INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL E O DESEMPENHO ECONÔMICO COMO VARIÁVEIS IMPACTANTES NO NÍVEL DE ADOÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS DE EMPRESAS SITUADAS NA UNIÃO EUROPEIA
1 - felipe roberto da silva PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA UECE - administração
2 - Maurício Pereira Jacaúna Neto UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Campos do Itaperi
3 - Natasha Freitas de Souza UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Programa de Pós Graduação em Administração (PPGA)
Reumo
Atualmente, enfrentamos problemas decorrentes da poluição, que afetam a sustentabilidade agrícola e ambiental, impulsionados pelo modelo econômico linear. Esse modelo promove a fabricação excessiva, o consumo e o descarte de produtos e recursos (Michelini et al., 2017). O contexto regulatório, econômico e inovador de cada país, assim como as características das empresas, são cruciais para determinar a eficácia de práticas sustentáveis, além disso, o poder econômico dos países impulsiona investimentos em inovação, produtos e serviços sustentáveis (Brenner; Hartl, 2021).
No contexto da economia global e da conscientização ambiental, surge uma indagação: até que ponto as inovações, inovações sustentáveis e desempenho econômico das empresas impactam positivamente a adoção de práticas sustentáveis? O objetivo do estudo, então, consiste em analisar o impacto da inovação gerada pelos países e da inovação sustentável, além do desempenho econômico gerado pelas empresas na adoção de práticas sustentáveis por organizações localizadas no regime da União Europeia.
Discute-se amplamente a importância das empresas adotarem estratégias sustentáveis para prosperar no mundo atual em transformação (Hart, 2006). Recentemente, percebe-se maior pressão para que elas adotem tais práticas, tanto pelo mercado quanto pela obrigatoriedade legal, que visa promover o desempenho econômico sustentável (Fasan, 2024). A inovação sustentável contribui de forma econômica, social e ambiental, visando proporcionar um desenvolvimento sustentável. Contudo inovar não se limita a meios tecnológicos, mas incluí também a reformulação de processos rotineiros.
Foi aplicada uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, baseada em dados estatísticos secundários. Este levantamento engloba 34 países do continente europeu. Além disso, utilizou a técnica de regressão multinível linear. As fontes para coleta e consolidação foram: Flash Eurobarometer 486 (2020), World Bank (2022) e Global Innovation Index (2022). Essas fontes proporcionaram dados comparáveis em várias sociedades com diferentes estruturas sociais, o que nos permite estimar com maior precisão a relação entre esses construtos estimados e adesão às práticas sustentáveis.
Observou-se durante este trabalho, relação positiva entre o faturamento anual das organizações e a adoção de práticas sustentáveis. Também foi notória uma conexão entre a inovação e as inovações sustentáveis com a sustentabilidade, resultando em bons resultados econômicos e em boas práticas sustentáveis. Este estudo identificou uma grande e positiva relação dessas variáveis nos países europeus estudados, mostrando que quanto maior o nível de inovação no país mais tendenciosa são as empresas para adotar práticas sustentáveis em suas realidades.
O objetivo de analisar a influência das variáveis inovação, inovação sustentável e desempenho econômico na adoção de práticas sustentáveis nas organizações foi atingido e positivamente verificado. A relação entre essas variáveis se mostra como uma área com diferentes caminhos, adequando à realidade de cada organização, gestão e atividade empresarial. O estudo baseou-se em uma revisão acadêmica minuciosa de estudos relevantes anteriores, somado a isso, contamos com uma abordagem quantitativa de banco de dados como o Flash Eurobarometer, World Bank e Global Innovation Index.
BRENNER, B.; HARTL, B. The perceived relationship between digitalization and ecological, economic, and social Sustainability. Journal of Cleaner Production, v. 315, p. 128128, 2021.
FASAN, M. Relatórios de sustentabilidade na perspectiva da União Europeia-UE: estado da arte e oportunidades de pesquisa. Revista Catarinense da Ciência Contábil, v. 23, p. e3466, 2024.
HART, S. L. Capitalism at the Crossroads. 1ª ed. Bookman, 2006.
MICHELINI, G. et al. From Linear to Circular Economy: PSS Conducting the Transition. Procedia CIRP, v. 64, p. 2-6, 2017.