Resumo

Título do Artigo

Turbulência de Mercado, Ambidestria Organizacional, Criação de Valor Compartilhado e Desempenho na indústria da Amazônia
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Palavras Chave

Ambidestria Organizacional
Criação de Valor Compartilhado
Desempenho Organizacional

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Processo Estratégico nas Organizações

Autores

Nome
1 - Francisco Assis Barros de Oliveira
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Administração
2 - Sergio Henrique Arruda Cavalcante Forte
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - PPGA

Reumo

Estudos encontrados na literatura relacionam positivamente turbulência de mercado e exploitation; turbulência de mercado e exploration; exploitation e desempenho; exploration e desempenho; ambidestria organizacional e criação de valor compartilhado (CSV); ambidestria organizacional e CSV influenciando positivamente o desempenho. Essas relações biunívocas requerem a testagem de forma integrada. Por outro lado, a pujança das quase 500 empresas industriais do Polo Industrial de Manaus (PIM) despertam para um teste como foco empírico.
Diante da incompletude de integração entre as variáveis turbulência de mercado, ambidestria organizacional, criação de valor compartilhado e desempenho organizacional em um mesmo modelo, e da relevância do Pólo Industrial de Manaus (PIM), esta pesquisa questiona, em um ambiente turbulento, quais os impactos nos desempenhos organizacionais das indústrias situadas no PIM, tendo como preditores a ambidestria organizacional e a criação de valor compartilhado? Assim, esta pesquisa objetiva avaliar o impacto desses preditores no desempenho organizacional.
Seis hipóteses de relações positivas foram defendidas: H1: entre turbulência de mercado e exploitation (Theodosiou et al. (2012); H2: entre turbulência de mercado e exploration (Ch’ng et al., 2021); entre exploitation e desempenho organizacional (Hou et al., 2019); H4: entre exploration e desempenho organizacional (Jansen et al., 2009); H5: entre ambidestria organizacional e criação de valor compartilhado (CSV) (Okafor et al., 2022); e H6: entre CSV e desempenho organizacional (Waktola; Singh & Singh, 2024). Essas seis hipóteses formam um framework integrado.
Trata-se de uma pesquisa explicativa e quantitativa em 383 empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM) no Brasil, com dados coletados de setembro a novembro de 2022, de 23 itens das variáveis latentes pesquisadas, e aferição tipo Likert de sete pontos, por meio de questionários e análise da técnica de modelagem de equações estruturais, utilizando os softwares SPSS® e Smart PLS-SEMtm.
Das seis hipóteses estudadas, as hipóteses referentes à turbulência de mercado e exploitation; e exploitation e desempenho não foram suportadas. Entretanto, o poder explicativo do modelo integrado revelou um R2 de 0,398 considerado muito bom, revelando que as empresas do Pólo Industrial de Manaus embora busquem ser ambidestras, entendem que seus desempenhos organizacionais são consequências de inovações disruptivas e criação de valor compartilhado.
A pesquisa demonstra que a capacidade estratégica de exploitation não contribui de forma significativa para o desempenho organizacional nesta configuração regional. Além disso, o estudo confirmou a relevância da capacidade estratégica de exploration e da criação de valor compartilhado para o desempenho organizacional, fortalecendo a crença de que as empresas que buscam novas oportunidades (exploration) e que alinham seus sucessos ao progresso social (criação de valor compartilhado), provavelmente terão desempenhos superiores.
Hou, B.; Hong, J.; Zhu, R. (2019) Exploration/Exploitation Innovation and Firm Performance: the Mediation of Entrepreneurial Orientation and Moderation of Competitive Intensity. Journal of Asia Business Studies, v. 13, n. 4, p. 489-506. Jansen, J. J. P et al. (2009) Structural Differentiation and Ambidexterity: The Mediating Role of Integration Mechanisms. Organization Science, v. 20, n. 4, p. 797-811. Okafor, U. I. et al. (2022). Corporate sustainability practices and corporate financial performance of selected breweries in Nigeria. Finance & Economics Review, 4(1), 25-40.