EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: A INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NAS INTENÇÕES EMPREENDEDORAS DE ESTUDANTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA
A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências
Autores
Nome
1 - Rodrigo José-Gomes UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) - Escola de Gestão e Economia - Programa de Pós Graduação em Administração
2 - Rogério Galvão UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - Campus Itajaí
3 - Victor Gabriel Leite UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) - Campus Ponta Grossa
Reumo
O avanço das tecnologias fomenta o empreendedorismo digital, alterando características, usuários e mercados. Tecnologias digitais, como redes sociais, impactam empreendedorismo, negócios e educação. Autores ressaltam a importância de habilidades e crenças empreendedoras, facilitando intenções em uma economia digital. A aprendizagem na educação para o empreendedorismo é autorreflexiva e experimental, necessitando análise aprofundada. Estudos enfatizam sua importância na melhoria das atitudes e intenções dos alunos, contribuindo para uma força de trabalho empreendedora e o crescimento econômico.
Este estudo investigou o fluxo e as crenças atitudinais dos alunos como mediadores na relação intenção-comportamento empreendedor em um contexto de aprendizagem mediado por mídias sociais, utilizando a teoria do comportamento planejado (TPB) e a teoria do fluxo. A TPB é eficaz para estudar preditores das intenções empreendedoras e fornece determinantes para observar atitudes e comportamentos após programas de empreendedorismo. O estudo integrou o conceito de fluxo à TPB, postulando o fluxo como mediador entre controle comportamental percebido, intenções e desempenho de aprendizagem.
A Teoria do Comportamento Planejado (TPB), proposta por Ajzen (2020), sugere que atitude, normas subjetivas e controle comportamental percebido determinam a intenção comportamental. No empreendedorismo, a TPB ajuda a entender intenções empreendedoras (IE) e avaliar a educação empreendedora (EE), influenciando positivamente as IE dos alunos. O conceito de fluxo descreve um estado de total absorção em uma atividade, equilibrando capacidades e oportunidades, sendo aplicado em diversos campos, incluindo educação. No entanto, sua aplicação em EE é limitada.
Este estudo envolveu 110 estudantes de negócios e gestão (idade média 21 anos) em cursos de 2023-2024, com 103 questionários válidos. Usando a TPB e a teoria do fluxo, investigou o aprendizado de comércio eletrônico via mídias sociais. Análises SEM validaram construtos como Controle Comportamental, Atitudes e Fluxo, medindo sua influência nas intenções empreendedoras e desempenho acadêmico.
Descobriu-se que o Controle Comportamental Percebido (PBC) influenciou significativamente a Experiência de Fluxo dos alunos (β = 0.622, p < 0.001) e suas Intenções Empreendedoras (β = 0.764, p < 0.001). As Atitudes dos alunos também foram positivamente associadas às suas Intenções empreendedoras (β = 0.304, p < 0.01), que, por sua vez, prediziam o Desempenho do Comportamento de Aprendizagem Empreendedora (β = 0.956, p < 0.001). A análise de mediação revelou que tanto a Experiência de Fluxo quanto as Atitudes mediaram significativamente as relações entre PBC e o Desempenho de Aprendizagem.
Os resultados teóricos respaldam o uso da Teoria do Comportamento Planejado (TPB) e da teoria do fluxo para entender como a experiência de fluxo dos alunos e as mudanças de atitude influenciam a relação intenção-comportamento em um ambiente de aprendizagem de comércio eletrônico mediado por mídias sociais. Os achados empíricos corroboram o modelo conceitual proposto, destacando a relevância do Controle Comportamental Percebido (PBC) na promoção da experiência de fluxo dos alunos e suas atitudes, impulsionando suas intenções e comportamentos empreendedores.
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