Resumo

Título do Artigo

A BELEZA DO CORPO UTÓPICO ATRAVÉS DO DISCURSO MIDIÁTICO DE HARMONIZAÇÃO FACIAL
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Palavras Chave

Discurso Midiático
Padrões Estéticos
Harmonização Facial

Área

Marketing

Tema

Cultura e Consumo

Autores

Nome
1 - Bianca Gabriely Ferreira Silva
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (UPE) - Caruaru
2 - Flavia Zimmerle da Nobrega Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - CCSA- Programa de Pós-Graduação em Administração - PROPAD
3 - Marília Abigail Meneses Batista
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - CCSA

Reumo

Acredita-se que procedimentos se popularizaram-se graças, principalmente, à recorrente propagação de padrões de beleza e de estilos de vida em mídias sociais. O uso de dispositivos tecnológicos e das mídias digitais contribuíram sobremaneira para a difusão de informações e de conhecimentos e, ao tornarem-se vetores de exposição e disseminação de padrões de beleza, ao mesmo tempo produziram práticas culturais e subjetividades, que consolidam novos modos de existência.
Entendendo o procedimento como um reforço à docilização da simetria dos corpos, considerando inclusive o nome do procedimento que escolhemos, buscamos neste trabalho entender como se configuram os discursos de consumidores em torno da harmonização facial em uma plataforma de mídia social.
A espetacularização de elementos ordinários da vida privada em mídias sociais, como anuncia Sibilia (2016) propicia que saberes na construção do corpo físico surjam e sejam modificados. O olhar sobre o corpo não depende apenas da interpretação individual, mas também, social. Destarte, a aprovação passa por técnicas de disciplinarização, no qual as representações de corpo que não se encaixam podem sofrer sanções e rejeições sociais (Foucault, 2009).
O presente estudo foi realizado por meio da Análise de Discurso Foucaultiana (ADF). Este método tem como ponto de chegada Formações Discursivas que indicam o solo epistemológico no qual se revelam discursos.
Como principais achados, identificamos que no discurso sobre harmonização facial há duas formações discursivas principais, episteme dos saberes a respeito deste procedimento estético, a primeira formação discursiva: "Harmonize-se: a busca pela beleza", favorável e que entende a beleza como um motivo de orgulho e celebração pessoal e "Todos iguais: padronização dos corpos", o discurso crítico acusatório a respeito do procedimento e como ele não é negativo ao movimento de democratização de padrões de beleza.
Os discursos sobre harmonização facial se configuram por meio de duas vias, uma formação que se refere as falas endossantes a realização e valorização da harmonização facial e uma que se volta para a crítica e desmotivação da realização do procedimento.
Daolio, J. (1995). Da cultura do corpo. Campinas, SP: Papirus. De Miranda, J. A. B. (2000). Corpo utópico. cadernos pagu, (15), 249-270. Foucault, M. (2013). O corpo utópico, as heterotopias. Posfácio de Daniel Defert. São Paulo: Edições n-1. Sibilia, P. (2015). O universo doméstico na era da extimidade: nas artes, nas mídias e na internet. REVISTA ECO PÓS, v. 18, n. 1, pp.133-147. Sibilia, P. (2016). O show do Eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.