Resumo

Título do Artigo

COEVOLUÇÃO ENTRE POLÍTICAS PÚBLICAS/INSTITUIÇÕES E CAPACIDADES TECNOLÓGICAS NA CULTURA DO ALGODÃO
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho

Palavras Chave

coevolução
políticas públicas/instituições
capacidades tecnológicas

Área

Gestão da Inovação

Tema

Estratégia e Políticas de Inovação

Autores

Nome
1 - JOSÉ DE RIBAMAR RIBEIRO FILHO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA
2 - Elda Fontinele Tahim
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Administração
3 - Ezequiel Alves Lobo
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA) - Campus Ibiapaba

Reumo

Um dos fatores decisivos para a competição das indústrias e para o desenvolvimento dos países está na forma como as empresas acumulam capacidades tecnológicas. As trajetórias tecnológicas incluem processos de evolução conjuntos, como os movimentos de coevolução, uma perspectiva adequada para estudar regimes de mudança considerando as interdependências entre as organizações e seus ambientes. Isso inclui a influência mútua nos níveis micro (ações organizacionais), meso (práticas e normas da indústria) e macro (regras de governo) (Breslin, 2016; Petrin, 2020; Petrin; Ornela; Duarte, 2019).
Este estudo parte da seguinte pergunta: como se relacionam, de forma coevolucionária, capacidades tecnológicas e políticas públicas/instituições? O objetivo, portanto, é relacionar do ponto de vista coevolucionário, capacidades tecnológicas e políticas públicas/instituições da cultura de algodão no estado do Ceará.
Estrutura desenvolvida por Lall (1992), Bell e Pavitt (1995) que propuseram quadro ilustrativo das capacidades tecnológicas em que é enfatizada a diferença entre capacidades básicas de produção e as capacidades tecnológicas, que geram e gerenciam as mudanças técnicas. A ideia da coevolução nos estudos organizacionais proposta proposta há quase cinco décadas, estudos com a abordagem coevolutiva constam na base de dados Scopus desde 1978, quando as discussões sobre o tema foram iniciadas com as pesquisas de Hannan e Freeman.
A pesquisa quanto à natureza possui uma abordagem qualitativa. Sobre estratégia de investigação é utilizado o estudo de caso. Além disso, para atingir o objetivo proposto foi feito uso de um diagrama em um eixo cartesiano, que por sua divisão em quadrantes promove a classificação das diferentes relações e possíveis fases que as empresas podem apresentar (Câmara; Brasil, 2015, p. 1463), O diagrama é composto por doze quadrantes que oferecem uma trajetória que pode partir desde possibilidades mínimas de coevolução.
Quanto a evolução de capacidades teccnológicas, aspectos consonantes ou próximos dos padrões setoriais de inovação em relação aos fornecedores discutidos por Pavitt (1984) e Tidd e Bessant (2015), assim como um enquadramento da evolução de capacidades tecnológicas em nível básico de inovatividade conforme Lall (1992), além de Bell e Pavitt (1995) pela disposição do desenvolvimento de vínculos com absorção de tecnologia do fornecedor. Relações de evolução entre capacidades tecnológicas e políticas/instituições puderam ser constatadas através das evidências observadas nas pesquisas.
A relação coevolutiva entre capacidades tecnológicas e políticas públicas/instituições foi atendida pela análise das relações coevolutivas dos construtos, mostrando uma evolução de fraco nível político e capacidade a nível de produção para um nível de política moderado com evolução em tecnologia avançada. As instituições mostraram maior estabilidade e continuidade de seus trabalhos. O estudo sugere que a coevolução de políticas públicas/instituições e capacidades tecnológicas tende a fortalecer a cotonicultura com políticas acertadas e instituições preparadas e fortalecidas.
BELL, M.; FIGUEIREDO, P. N. Innovation capability building and learning mechanisms in latecomer firms: recent empirical contributions and implications for research. Canadian Journal of Development Studies, v. 33, n. 1, p. 14-40, march. 2012. BALBINOT, Z.; MARQUES, R. A. Alianças estratégicas como condicionantes do desenvolvimento da capacidade tecnológica: o caso de cinco empresas do setor eletro-eletrônico brasileiro. Revista de Administração Contemporânea, v. 13, p. 604-625, 2009. BELL, M.; PAVITT, K. The development of technological capabilities.