Resumo

Título do Artigo

Comunicação organizacional interna no contexto de teletrabalho híbrido: o caso de uma empresa pública
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Palavras Chave

Comunicação organizacional
Teletrabalho
Empresa pública

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Nícolas Carminatti Sabino
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG
2 - Laís Silveira Santos
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - UDESC/ESAG
3 - Ana Paula Grillo Rodrigues
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG

Reumo

Durante o período da pandemia da Covid-19, a maneira encontrada por diversas organizações para que as atividades não fossem paralisadas foi o trabalho remoto emergencial. No cerne da adoção do trabalho remoto, principalmente emergencial, Miyashita e Cristaldo (2022) e Pinheiro e Reis (2021) percebem o problema dos fluxos de informação e comunicação e a substituição dos canais habituais de comunicação interna pela comunicação digital ou remota.
A empresa pública da área tecnológica, Governo e Inovação (nome fictício), adotou o sistema de trabalho remoto durante a pandemia. Após esse período e observando diversos pontos positivos, a empresa implantou, de maneira estruturada, o teletrabalho híbrido. Todavia, pontos negativos também passaram a ocorrer e impactar o trabalho e as relações. Nesse sentido, este objetivou identificar e analisar a percepção dos trabalhadores e da gestão da Governo e Inovação sobre a comunicação organizacional para que os gestores possam propor melhores práticas e tomar decisões baseadas em dados.
A Consolidação das Leis do Trabalho, aplicada aos empregados celetistas – como os daGoverno e Inovação –, expressa o “teletrabalho” ou “trabalho remoto” como a prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não configure trabalho externo. Nesse modelo, a comunicação organizacional interna, digital e remota é um dos grandes desafios desafios, como a falta de agilidade, as falhas de comunicação e o uso e domínio das ferramentas de comunicação.
A abordagem escolhida foi predominantemente qualitativa (QUALI-quanti), com as seguintes técnicas de coleta de dados: a) observação participante por parte de um dos autores; b) entrevista semiestruturada com a gerente de área e coordenadora da comissão permanente de trabalho híbrido da empresa; e c) questionário, com 25% de respostas do público-alvo, para identificar o que os colaboradores da empresa estavam sentindo em relação a comunicação remota. Para os dados qualitativos, foi utilizada a análise temática e de conteúdo e, para os quantitativos, análise simples de frequência.
Embora quase 60% dos resposndentes do questionário acreditem em um impacto positivo do do teletrabalho na comunicação, 15,3% perceberam um impacto negativo, além da própria gestora entrevistada. Descataram-se a pouca agilidade nas respostas; pessoas com dificuldade de utilização das tecnologias de comunicação; excesso de reuniões e falta de objetividade, acarretando menor disponibilidade de tempo para outras demandas; alteração de fluxos e dificuldade no compartilhamento de informações. Também foram identificadas práticas e ferramentas adotadas para a comunicação interna remota.
Por meio do levantamento de boas práticas na lietartura e na própria empresa pública Governo e Inovação, através da observação participante realizada, é possível indicar algumas sugestões e recomendações para as práticas de comunicação organizacional da empresa, como: elaboração de manual de boas práticas para comunicação remota; seminário de socialização; grupo focal sobre dificuldades; e treinamentos específicos para os colaboradores da organização.
MIYASHITA, G. A.; CRISTALDO, R. C. Comunicação organizacional em uma Universidade Federal brasileira, no contexto do trabalho remoto emergencial. Caderno de Administração, v. 30, n. 2, pp. 20-40, 2022. PINHEIRO, P. C.; REIS, P. C. O papel da comunicação interna em tempos de pandemia: como as companhias estão se organizando durante a crise. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 1, p. 5333-5348, 2021.