1 - Paulo Sérgio Reinert UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - PPGA
2 - Fernando Cesar Lenzi UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) - PPGA
3 - Giovanni Augusto Patrício UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Campus 1
4 - Nicole Cristina Rodrigues UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Blumenau
Reumo
No contexto atual, há um crescente interesse e pesquisa sobre como as práticas ESG influenciam o desempenho das empresas. Estudos divergem sobre se as pontuações ESG têm um impacto positivo, negativo ou neutro nos resultados financeiros das organizações, refletindo a complexidade e a importância crescente dessas métricas na avaliação do desempenho empresarial e na tomada de decisões de investimento.
O objetivo deste artigo é investigar se existe uma relação de recursão entre ações de ESG e seus indicadores de desempenho das empresas. desta forma podemos entender como se dá a relação dos indicadores para que os investimentos em sustentabilidade possam influenciar e ser influenciados pelo mercado.
A fundamentação teórica deste estudo aborda três temas fundamentais: a Teoria da Complexidade, o Princípio da Recursão e a interação entre a Teoria da Complexidade e a sustentabilidade. A Teoria da Complexidade investiga sistemas complexos e seu comportamento emergente, enfatizando a interconexão entre elementos e a capacidade de pequenas mudanças gerarem efeitos significativos em todo o sistema. Essa abordagem é essencial para compreender como padrões globais surgem das interações não lineares entre componentes, conforme estudado por Morin (2002) e outros.
A pesquisa adotou uma abordagem descritiva e correlacional para investigar as relações entre práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) e o desempenho financeiro das empresas. Utilizou um método documental para analisar dados brutos da Thomson Reuters e do Banco Mundial, construindo uma amostra não balanceada de 8.764 empresas listadas em bolsas de valores de 77 países.
Os resultados deste estudo indicam uma relação significativa de recursão entre práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) e indicadores de desempenho financeiro das empresas. Descobriu-se que empresas com melhores pontuações ESG demonstraram correlações positivas com retornos sobre ativos (ROA) mais altos, maior capitalização de mercado e lucros operacionais (EBITDA).
As principais conclusões deste estudo destacam que investir em práticas ESG não apenas promove a sustentabilidade corporativa, mas também fortalece a competitividade das empresas no mercado financeiro. Isso não só atende às expectativas crescentes por responsabilidade corporativa, mas também atrai investidores que valorizam iniciativas sustentáveis. Gerencialmente, esses resultados incentivam a integração de métricas de sustentabilidade nas estratégias empresariais para mitigar riscos e criar valor compartilhado, beneficiando investidores, funcionários e comunidades.