Resumo

Título do Artigo

Corrupção e inovação sustentável: influências nos níveis das práticas sustentáveis na Europa.
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho

Palavras Chave

Corrupção
Inovação sustentável
Práticas sustentáveis

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Sustentabilidade e Desempenho das Organizações

Autores

Nome
1 - felipe roberto da silva
PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA UECE - administração
2 - FRANCISCO CARLOS VIEIRA DA SILVA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Itaperi
3 - Maria Edilane da Silva Lima
PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA UECE - Universidade Estadual do Ceará
4 - Isabelle Alexandre Carneiro de Almeida
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Fortaleza

Reumo

A promoção de práticas sustentáveis no contexto global está recebendo uma atenção cada vez maior, em paralelo com o crescente interesse em inovações sustentáveis. Contudo, a persistência da corrupção continua sendo uma preocupação significativa, prejudicando os esforços em prol da sustentabilidade. Estes desafios destacam a necessidade urgente de abordar essas temáticas para alcançar um desenvolvimento sustentável. Logo, torna-se urgente adotar políticas anticorrupção e investir em inovação para impulsionar práticas sustentáveis, reconhecendo sua relevância e seus benefícios ambientais.
A Europa se destaca por suas iniciativas e metas ambiciosas na promoção de práticas sustentáveis, bem como na busca por mecanismos de coibir atos de fraudes e corrupção (Ramos et al., 2018). Diante do exposto, surge a seguinte questão de pesquisa: como o nível de corrupção nos países associados à inovação sustentável impacta os níveis das práticas sustentáveis na Europa? Assim, com o intuito de uma análise mais aprofundada, este estudo tem como objetivo geral identificar se o nível de corrupção nos países atrelados à inovação sustentável influencia no nível das práticas sustentáveis.
O referencial teórico está estruturado em um tópico geral, onde serão abordados os aspectos da inovação sustentável, sua relevância e os desafios em direção ao crescimento econômico, o fortalecimento das instituições e a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Em seguida, dois subtópicos explorarão os aspectos da corrupção nas práticas sustentáveis e a convergência desses temas abordados.
Este estudo adota uma abordagem quantitativa, baseada em dados secundários provenientes de diversas fontes. Os dados foram coletados e consolidados a partir de: 1) Flash Eurobarometer 486 (2020), um survey bienal conduzido pela Comissão Europeia que aborda uma variedade de temas, incluindo uma chamada especial focada na gestão e organização das empresas; 2) World Bank (2022), analisado através de análise de regressão multinível, utilizando-se do software SPSS versão 26.0. Ao total, foram analisadas 16.165 mil empresas procedentes de 34 países do continente europeu.
Os resultados da pesquisa sugerem que a corrupção pode constituir um obstáculo significativo para o progresso e a implementação de iniciativas sustentáveis. Isso implica que organizações com altos índices de corrupção têm uma tendência menor de se comprometer com práticas que visam à sustentabilidade. Paralelamente, os resultados também evidenciam que empresas que priorizam a inovação tendem a adotar mais iniciativas sustentáveis. Diante desse contexto, através dos resultados entende-se que a corrupção pode impactar também a inovação sustentável.
A pesquisa apontou que organizações de grande porte, com alto faturamento e mais inovações sustentáveis, situadas em países com maior PIB per capita e baixos níveis de corrupção, tendem a adotar práticas sustentáveis. Esses contextos econômicos e institucionais fornecem recursos financeiros e um ambiente regulatório favorável ao desenvolvimento de estratégias sustentáveis. Além disso, a transparência e a governança eficaz nesses países incentivam comportamentos corporativos voltados para a sustentabilidade
RAMOS, A. et al. A sustentabilidade como elemento central da reabilitação: a resposta aos desafios europeus. Gestão e Gerenciamento, Rio de Janeiro (RJ), v. 8, n. 8, p. 45-52, abr. 2018. The World Bank. Data Bank. 2020. European Commission. Flash Eurobarometer 486 (SMEs, Start-ups, Scale-ups and Entrepreneurship). Kantar Belgium, Brussels [producer]. GESIS Data Archive. 2020