Memória social e política
Jovens estudantes
Orientação profissional e mundo do trabalho.
Área
Administração Pública
Tema
Memória Coletiva, Movimentos Sociais e Direitos Humanos
Autores
Nome
1 - Sandra Regina Ramos Braz Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH-USP - PROMUSPP-EACH-USP
2 - Soraia Ansara UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL (UNICSUL) - São Paulo
Reumo
O texto problematiza as contribuições das áreas da educação e psicologia como espaços de colaboração para questões objetivas e subjetivas, que deem condições aos jovens estudantes de ser inseridos na vida profissional. E contextualiza as discussões relacionadas ao processo sócio-histórico de inserção ao mundo do trabalho, evidenciando a necessidade em dialogar sobre os impactos das memórias na construção de projeto de futuro profissional.
Quais são os impactos que as memórias sociais e políticas têm em relação ao projeto de futuro profissional e vida? O objetivo é analisar os mecanismos presentes na trajetória de vida dos estudantes em vias de serem inseridos no mundo de trabalho, e se nesse percurso as memórias sociais e políticas são percebidas como elementos que impactam nas escolhas profissionais.
Intentou-se refletir teoricamente, a partir de autores de perspectivas críticas tanto da Psicologia Social, bem como, da Educação como Paulo Freire (1987), Bock (2018), Ribeiro e Uvaldo (2007), fazendo articulações com outros autores que igualmente contribuíram para as discussões, em viés de interseccionalidade com recorte de raça, classe e gênero
As discussões perpassam na proposta de interseccionalidade, em confluência com a complexidade das mudanças sociais, as dimensões sócio-histórica, do Direito, da Economia e da Psicologia; possibilitando refletir sobre o sucateamento dos direitos trabalhistas (TEIXEIRA apud KREIN; OLIVEIRA; FIGUEIRAS, 2019), a visão estereotipada da pessoa negra quanto à contratação de emprego (MAIO, 2010), a dominação e poder (CHAUÍ, 2008), e na naturalização dos lugares que se estabelece para o Outro.
Este texto procurou contribuir com as discussões presentes tanto na psicologia, como também, na educação, para que os jovens tenham contato com a O.P. sustentada no compromisso de ampliar suas compreensões relacionados as diferenças concretas as quais os jovens estão submetidos.
Os artigos selecionados e analisados para pensar a práxis, mostram a necessidade em problematizar os meandros e suas diferenças, de modo que, a ausência no contato com outros saberes, não incorra em fragmentações no conhecimento; fragmentações as quais poderiam incidir em atuações profissionais equivocadas e fragiliza
ANSARA, S. Políticas de Memória X Políticas do Esquecimento: possibilidades de desconstrução da matriz colonial. Psicologia Política. vol. 12. nº 24. pp. 297-311. 2012.
BERNO, I. F; FIGUEIREDO, V. C. N. Servidão Voluntária no mundo do trabalho: uma revisão narrativa. Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 22, n. 2, p. 456-470, jul./dez. 2020. E-ISSN: 2594-8385. DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v22i2.14290. Acessado em setembro de 2022.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Ed. 17°. Rio de Janeiro, Paz e Terra. (O mundo, hoje, v. 21). CDD – 374.012-371.332 CDD – 371.3:376.76. 1987.