Resumo

Título do Artigo

O zoológico das metáforas: compreendendo a pandemia da COVID-19 no turismo
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Palavras Chave

metáforas
pandemia
turismo

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Planejamento e Gestão em Turismo

Autores

Nome
1 - Fabiola Gomes Farias
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA
2 - Francisco Roberto Pinto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA - Programa de Pós-Graduação em Administração (mestrado e doutorado)
3 - Emiliano Sousa Pontes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
4 - Bárbara Sampaio de Menezes
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Centro de Comunicação e Gestão (CCG)

Reumo

A pandemia de COVID-19 se propagou exponencialmente em todos os continentes, de maneira sistêmica, incerta e complexa, forçando eventos em cadeia no mundo todo. O aumento rápido de infectados, o abalo das economias em um curto espaço de tempo, a imposição de restrições de viagens, o distanciamento social e os lockdowns impactaram fortemente o setor de turismo e sua cadeia produtiva (MECHLER et al., 2020). Os dados do painel International Tourism and COVID-19 da Organização Mundial do Turismo mostram que os impactos da crise da COVID-19 no setor foram alarmantes.
Dessa forma, questiona-se: em quais metáforas podem ser encaixadas as estratégias de enfrentamento à pandemia da COVD19 no setor de turismo? O objetivo foi verificar em quais metáforas podem ser encaixadas as estratégias de enfrentamento à pandemia da COVID19 no setor de turismo.
O ser humano é imbuído do contundente desejo de interpretar, sendo a interpretação o fundamento indeterminado de todo ser (COYNE, 2005). Endossando a primazia da hermenêutica (ou seja, a própria interpretação), é possível, portanto, prender-se ao imperativo das camadas de significados, onde o ser humano busca chegar à verdade baseando-se na racionalidade. Aqui, entram as metáforas.
O presente estudo é de natureza qualitativa, pois se pretende ter um panorama profundo, intenso e holístico do contexto de estudo, buscando entender fenômenos dentro dos seus contextos específicos (GRAY, 2012). Quanto aos fins, possui caráter exploratório e descritivo. É considerado exploratório à medida que procura compreender de forma profunda o fenômeno estudado, focando na compreensão de sua dinâmica em condições particulares, abrindo caminhos não identificados na literatura e é considerado descritivo porque expõe caraterísticas do tal fenômeno.
Em resumo, para os entrevistados, o setor do turismo sofreu fortemente os impactos de uma pandemia desconhecida e rara, de maneira direta; porém, em diferentes intensidades, reagindo a ela dentro de suas possibilidades e considerando as particularidades de cada área de atuação. Havia evidências e sinais sobre a doença, mas foram ignorados pelas autoridades mundiais; o conhecimento da situação estava concentrado nas mãos de poucos (governos), que usaram isso como arma política.
A pandemia de COVID-19 abalou as relações sociais e, por isso, as pessoas viram a necessidade do uso analogia a animais imaginários que os ajudassem a refletir sobre acontecimentos tão severos. No enfrentamento de riscos e ameaças, alguns mecanismos – como o uso de metáforas – podem auxiliar o entendimento dos efeitos da pandemia, materializando o que seria complicado explicar de outra forma. Apesar das evidências empíricas suscitadas, admite-se a existência de limitações neste estudo, uma delas diz respeito ao número de entrevistas,
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