Resumo

Título do Artigo

NÓS COMEMOS (E ERRAMOS) PRIMEIRO COM OS OLHOS? O efeito halo nos julgamentos e intenção de compra de alimentos ambivalentes de saúde e sabor
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Palavras Chave

tomada de decisão alimentar
alimento ambivalente
efeito halo

Área

Marketing

Tema

Marketing e Sociedade

Autores

Nome
1 - José Eduardo de Melo Barros
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA
2 - Rita de Cássia de Faria Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - DEPARTAMENTO DE ADMINISTRACAO/PPGA
3 - Brigitte Renata Bezerra de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - PPAD - Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento

Reumo

O julgamento sobre atributos como saúde e sabor são determinantes para as decisões alimentares dos consumidores. No entanto, o viés de julgamento “alimento saudável = não saboroso” é amplamente demonstrado na literatura como um dilema importante nestas decisões. A literatura recente tem se dedicado a estudar os chamados alimentos ambivalentes, isto é, que superam o dilema saúde/sabor e são simultaneamente percebidos como saudáveis e saborosos.
Os consumidores se baseiam fortemente nos rótulos frontais dos alimentos e estão sujeitos ao viés de sub ou de sobre-estimação de atributos, denominado efeito halo. Alimentos com inferência ambivalente podem potencializar escolhas indulgentes, em função das percepções de saúde e prazer. Buscamos analisar o mecanismo subjacente à decisão alimentar de produtos ambivalentes, considerando os julgamentos de saúde e prazer dos consumidores. Também visou avaliar se características cognitivas dos consumidores e estímulos de marketing podem desfazer a percepção de ambivalência dos produtos.
2.1 Determinantes da decisão alimentar: julgamentos de saúde e de prazer 2.2 A interferência dos fatores internos: atitude alimentar dos consumidores 2.3 A interferência dos fatores externos: credibilidade de um varejista e nível de preço
Quatro estudos experimentais foram implementados para atingir esses objetivos. Inicialmente, demonstramos a diferença entre o mecanismo de produtos hedônicos (Estudo 1a) e ambivalentes (Estudo 1b). Em seguida, verificamos se as atitudes dos consumidores para a saúde e para o prazer podem interferir na percepção de ambivalência dos produtos (Estudo 2). Por fim, avaliamos se crenças leigas dos consumidores que ampliam o efeito halo de saúde, como a credibilidade de um varejista (Estudo 3) e o nível de preço do produto (Estudo 4), podem desfazer a condição de ambivalência.
Os principais resultados dos estudos revelaram uma mediação completa da percepção de saúde na relação entre estímulos de marketing (como rótulos e nível de preço) e a intenção de compra. Além disso, credibilidade de um varejista modera essa mediação, mas as atitudes alimentares não.
Teorizamos e demonstramos que, diferente de produtos hedônicos cujo mecanismo sugere um trade-off entre a percepção de saúde e prazer como mediadores da tomada de decisão alimentar, para alimentos ambivalentes esse trade-off é mitigado, pois são produtos cuja percepção de prazer não sofre interferência das inferências de saúde. Além disso, verificamos que fatores internos, como atitude alimentar, e externos, como estímulos de marketing, interferem na percepção de saúde e prazer, mas não desfazem a condição de ambivalencia.
Ballco, P., & Gracia, A. (2022). Tackling nutritional and health claims to disentangle their effects on consumer food choices and behaviour: A systematic review. Food Quality and Preference, 101, 104634v Luomala, H., Jokitalo, M., Karhu, H., Hietaranta-Luoma, H.-L., Hopia, A., & Hietamäki, S. (2015). Perceived health and taste ambivalence in food consumption. Journal of Consumer Marketing, 32(4), 290–301. Haasova, S., & Florack, A. (2019). Practicing the (un)healthy = tasty intuition: Toward an ecological view of the relationship between health and taste in consumer judgments. Food Quality