1 - André Benítez dos Santos UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - VERGUEIRO
2 - Cristiane Drebes Pedron UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA
Reumo
Os campos organizacionais permanecem centrais no debate institucionalista devido à diversidade de abordagens que buscam aprimorar seu conceito. A Teoria Institucional sugere que esses campos são transformados pela desinstitucionalização de práticas, impulsionada por atores periféricos. Este ensaio caracteriza agentes insurgentes que promovem deslocamentos, descrevendo suas principais características e formas de desinstitucionalização em campos organizacionais, fomentando um debate sobre seu papel e impacto.
Como os atores insurgentes promovem a desinstitucionalização e a inovação disruptiva nos campos organizacionais?
Caracterizar os agentes insurgentes e analisar seu papel na desinstitucionalização dos campos organizacionais. Descrever as principais características desses atores e as formas de deslocamento que podem ocorrer, contribuindo para o debate sobre seu impacto na transformação e adaptação organizacional.
A Teoria Institucional foca em como práticas e normas são estabelecidas e mantidas nos campos organizacionais. A desinstitucionalização ocorre quando práticas estabelecidas são desafiadas e substituídas. Atores insurgentes, frequentemente periféricos, desempenham um papel crucial nesse processo, promovendo a inovação disruptiva. Trabalhos de Mahoney e Thelen (2010) e Coraiola et al. (2015) são fundamentais para entender como esses atores agem e influenciam a mudança institucional e organizacional.
A discussão explora como os atores insurgentes desafiam e transformam os campos organizacionais. A análise revela que esses atores utilizam estratégias diversas, desde a contestação aberta até a subversão discreta, para promover mudanças. Atores centrais resistem a essas mudanças, mas frequentemente acabam adaptando-se. A influência dos insurgentes varia conforme o contexto e a estrutura do campo, demonstrando a complexidade do processo de desinstitucionalização e inovação disruptiva.
O estudo conclui que atores insurgentes são fundamentais para a desinstitucionalização e inovação disruptiva em campos organizacionais. Suas ações desafiam práticas estabelecidas, promovendo mudanças significativas. A caracterização desses atores e suas estratégias revela a complexidade do processo de transformação. A compreensão do papel dos insurgentes e a junção com as inovações disruptivas, contribui para o debate teórico e oferece insights para o entendimento de como esse processo ocorre, quais são as expectativas desses atores com essas ações e como o conflito no campo ocorre.
MAHONEY, J., & THELEN, K. (2010). Explaining Institutional Change: Ambiguity, Agency, and Power;
CORAIOLA, D. M., JACOMETTI, M.; BARATTER, M. A.; GONÇALVES, S. A. (2015). Conciliando agência e contexto na dinâmica da mudança institucional;
DIMAGGIO, P. J., & POWELL, W. W. (1983). The iron cage revisited: Institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields.
CHRISTENSEN, C. M., MCDONALD, R., ALTMAN, E. J., PALMER, J. E. (2018). Disruptive innovation: An intellectual history and directions for future research.
FLIGSTEIN, N. (2001). Social skill and the theory of fields.