Resumo

Título do Artigo

EVIDENCIAÇÃO DE RISCOS NOS FORMULÁRIOS DE REFERÊNCIA NO PERÍODO DA PANDEMIA: UM ESTUDO COM EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO DO AGRONEGÓCIO NO BRASIL
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Palavras Chave

Disclosure de riscos.
Agronegócio.
Empresas de capital aberto.

Área

Finanças

Tema

Governança Corporativa, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Fabiolla Valeria Gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
2 - Antonio Edson Oliveira Honorato
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN)
4 - Antonio Sérgio Torres Penedo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios - FAGEN

Reumo

O cenário de riscos e dúvidas, acarretado pela crise de Covid-19, provocou uma necessidade de adaptação nas pequenas, médias e grandes empresas em relação ao mercado; foi necessária a implementação de estratégias e soluções criativas para sobreviver a essa nova realidade e continuar proporcionado o crescimento dos negócios. Neste contexto, as empresas de capital aberto tiveram seu valor de mercado afetado pela generalização da crise de Covid-19 na economia mundial, já que a expectativa de retorno pelos investidores foi reduzida, e as bolsas de valores foram ativamente sensibilizadas.
Nesse sentido, o presente estudo busca responder a seguinte pergunta de pesquisa: Como as empresas do agronegócio de capital aberto apresentaram o Disclosure dos Fatores de Riscos, durante o período de instabilidade econômica causada pela Pandemia de Covid-19? o objetivo deste estudo foi analisar como as empresas de capital aberto do agronegócio, localizadas em diferentes regiões do Brasil, apresentaram o Disclosure dos fatores de riscos durante o período da pandemia de Covid-19.
Nos anos 1990, a gestão de riscos corporativos começou a ganhar destaque no ambiente empresarial. Surgiu como um conceito de gerenciamento interno, focado em lidar com os riscos que as empresas enfrentam diariamente. Existem vários tipos de riscos aos quais as empresas estão expostas e que podem afetar diferentes decisões dos stakeholders. Ao gerenciar efetivamente os riscos, as empresas podem encontrar sua estrutura ideal de propriedade, ou seja, determinar a distribuição mais adequada de propriedade entre os acionistas.
O objeto de pesquisa deste estudo são as 32 empresas ativas e de capital aberto do Setor do Agronegócio (IAGRO B3), o período de análise compreendeu de 2017 a 2022. A coleta dos fatores de risco foi por meio de uma análise de conteúdo nos formulários de referência, obtidos no portal eletrônico da CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Os demais dados necessários foram obtidos através da base de dados do Economática. Em relação à metodologia de análise de dados, foi utilizada a regressão múltipla com Dados em Painel.
Os resultados indicam que a relação entre endividamento (END) e Disclosure dos Fatores de Risco (DFR) não é estatisticamente significante, contradizendo a hipótese H1. No entanto, a variável tamanho das empresas (TAM) mostrou uma relação positiva e significante com DFR, confirmando a hipótese H2. A relação entre a variável dummy COVID e DFR também foi positiva e significante, apoiando a hipótese H3. Já a relação entre o retorno anormal das ações (PA) e DFR não foi estatisticamente significante, não corroborando a hipótese H4.
A análise descritiva revelou que o endividamento (END) das empresas do índice IAGRO B3 aumentou em média 36% no período estudado. Em termos de disclosure dos fatores de risco (DFR), a palavra "risco/crise" foi citada em média 307 vezes nos relatórios, mostrando uma preocupação com a transparência. A Covid-19 foi mencionada aproximadamente 19 vezes, indicando uma conscientização sobre seus impactos. As análises mostraram que o endividamento e a volatilidade das ações não influenciaram significativamente o DFR., e que empresas maiores divulgaram mais informações de risco.
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