1 - Karen Batista UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Programa de Pós-graduação em Administração - PROPAD
2 - Ricardo Limongi UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) - Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas
3 - Salomão Alencar de Farias UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - PROPAD - Programa de Pós-graduação em Administração
Reumo
Diante de uma situação de vulnerabilidade, os consumidores podem utilizar uma variedade de estratégias de coping. As estratégias de coping são esforços e recursos “cognitivos e comportamentais em constante mudança para gerenciar demandas externas e/ou internas específicas” (Lazarus; Folkman, 1984, p. 141), criadas por situações de dano, ameaça ou perda (Echeverri; Salomonson, 2019). Dessa forma, o impacto negativo do estresse causado por estas situações difíceis pode ser mitigado por meio das estratégias de coping que os indivíduos empregam (Partow et al., 2021).
Este artigo utilizou uma análise bibliométrica para compreender o campo de pesquisa de estratégias de coping do consumidor, identificando os principais autores, periódicos, artigos e temas do campo (Donthu et al., 2021). O objetivo deste artigo foi identificar os principais autores, artigos e periódicos e analisar a estrutura conceitual e social da pesquisa de estratégias de coping do consumidor. A estrutura conceitual identifica os principais temas de pesquisa na área, enquanto estrutura social mapeia as interações e colaborações entre autores da área (Khare &Jain, 2022).
As estratégias de coping possuem duas funções principais: lidar com o problema que causa sofrimento e regular a emoção (Folkman et al., 1986). A teoria do estresse e coping distingue duas categorias de estratégias de coping: focado na emoção e focado no problema (Folkman, 2010). No entanto, as duas categorias de coping são complementares e estão inter-relacionadas (Lazarus, 2006). O tipo de estratégia que será adotada pelo indivíduo depende da forma como ele enxerga a ameaça (Folkman et al., 1987), mas as pessoas utilizam geralmente as duas formas de coping (Folkman et al., 1986).
Os 134 artigos analisados foram publicados entre os anos de 1997 e 2023, em 44 periódicos diferentes. No total, os artigos utilizaram 7.950 referências, foram produzidos por 331 autores e apenas 11 artigos foram produzidos por apenas um autor. Em média cada artigo possui 2 coautores, o que é comum nas publicações da área de marketing. Com relação ao número de publicações por ano, a Figura 3 mostra que houve um crescimento nas publicações a partir do ano de 2015, quando foram publicados 8 artigos sobre o tema.
De maneira geral, a partir das análises realizadas, foi possível identificar quatro principais correntes de pesquisa de estratégias de coping do consumidor: 1) estudos sobre como os consumidores lidam com falhas de serviço; 2) estudos sobre como os consumidores lidam com emoções negativas (e.g., raiva) e estresse; 3) estudos sobre estratégias de coping utilizadas pelos consumidores no contexto da pandemia da Covid-19; 4) estudos sobre estratégias de coping utilizadas por consumidores vulneráveis.
AMINE, A.; GATFAOUI, S. Temporarily vulnerable consumers in a bank services setting. Journal of Services Marketing, v. 33, n. 5, p. 602-614, 2019.
ARIA, M.; CUCCURULLO, C. bibliometrix: An R-tool for comprehensive science mapping analysis. Journal of informetrics, v. 11, n. 4, p. 959-975, 2017.
BEUDAERT, A.; GORGE, H.; HERBERT, M. An exploration of servicescapes’ exclusion and coping strategies of consumers with “hidden” auditory disorders. Journal of Services Marketing, 2017.