Resumo

Título do Artigo

OS RISCOS DO PHISHING NO VAZAMENTO DE INFORMAÇÕES SIGILOSAS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS)
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Palavras Chave

Phishing
Segurança da Informação
INSS

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Governo Digital, TICs para Desenvolvimento, Cidades Inteligentes (Smart Cities), Governo Aberto, Tecnologias Emergentes (Blockchain, IA, IoT, Analytics) no Setor Público

Autores

Nome
1 - Rodrigo Schneiders Brasiliense da Silva
FGV EBAPE - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas - Rio de Janeiro
2 - Diego de Faveri
ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS (EBAPE) - EBAPE

Reumo

A crescente digitalização dos serviços do INSS trouxe desafios significativos em termos de segurança cibernética. A autarquia, responsável por gerenciar benefícios sociais de milhões de brasileiros, é alvo de ciberataques que visam roubar informações confidenciais. A prática do teletrabalho, intensificada pela pandemia de Covid-19, aumentou a vulnerabilidade dos servidores, que utilizam computadores pessoais para acessar sistemas do INSS. Este estudo analisa os riscos associados ao phishing e a importância de medidas de segurança robustas para proteger os dados dos usuários.
Este estudo investiga o impacto do phishing no vazamento de informações sigilosas no INSS, avaliando a vulnerabilidade dos servidores a esses ataques. O objetivo é identificar as principais ameaças e proporcionar medidas de mitigação para fortalecer a segurança cibernética da autarquia. A pesquisa utiliza um experimento de pesquisa, simulando cenários de phishing para verificar a conformidade dos servidores com os protocolos de segurança.
Engenharia Social é uma técnica que manipula psicologicamente indivíduos para obter acesso não autorizado a informações. O phishing, uma forma comum dessa prática, explora a vulnerabilidade emocional das vítimas. Organizações públicas, como o INSS, são particularmente suscetíveis devido à quantidade de dados sensíveis que gerenciam. A transição para a digitalização aumenta esses riscos, exigindo medidas de segurança robustas para proteger as informações dos seguros.
A pesquisa foi conduzida como um survey experiment, com dois questionários (controle e tratamento) aplicados a 822 servidores do INSS. Os questionários incluem manipulações de cenários de phishing, como e-mails falsos e sites clonados. A coleta de dados foi realizada de 04/03/2024 a 29/03/2024, com distribuição via e-mail e administração pelo sistema Qualtrics. O objetivo foi avaliar a resposta dos servidores a situações cotidianas envolvendo riscos de segurança cibernética.
Os resultados do experimento indicaram que os servidores do INSS possuem algum nível de conscientização sobre segurança cibernética, mas ainda são vulneráveis a ataques de phishing. Muitos servidores falharam em identificar links falsos e sites clonados, demonstrando a necessidade de treinamentos contínuos e aprimoramento das práticas de segurança. A inclusão de verificações de atenção validou a atenção dos participantes durante o experimento.
O estudo conclui que o phishing representa uma ameaça significativa à segurança das informações no INSS. Apesar das estratégias para digitalizar e modernizar os serviços, a vulnerabilidade dos servidores a ataques cibernéticos persiste. Medidas de mitigação, como treinamentos regulares, campanhas de conscientização e implementação de tecnologias avançadas de segurança, são essenciais para proteger os dados sensíveis dos seguros e garantir a integridade dos sistemas do INSS.
ABOMHARA, Mohamed; KOIEN, Geir M. Cyber Security and the Internet of Things: Vulnerabilities, Threats, Intruders and Attacks. Journal of Cyber Security, River Publishers. 2015. FREITAS, Caio Guimarães de. Segurança da Informação: Engenharia Social nas Organizações. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 2018. LIU, C., et al..Understanding Phishing Victims Perspectives: A Systematic Literature Review". Computers & Security, 2020. SANTOS, N. R. et al. Financiamento da seguridade social e sustentabilidade do SUS. Ciência & Saúde Coletiva, 2017.