Distritos Criativos.
Bibliometria.
Produção Internacional.
Área
Gestão da Inovação
Tema
Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação
Autores
Nome
1 - Cledinaldo Aparecido Dias UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Departamento de Ciências da Administração
2 - Yasmin Pereira de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Montes Claros
3 - Kever Bruno Paradelo Gomes INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE BRASILIA (IFB) - Campus Gama
4 - Sophia Funayama UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Montes Claros
5 - Pablo Peron de Paula UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional e Sistemas (PPGMCS)
Reumo
Com a crescente busca por inovação, soluções sustentáveis e ambientes propícios ao empreendedorismo, as comunidades urbanas estão reconhecendo a importância de estimular a criatividade como recurso valioso para a valorização e promoção do desenvolvimento econômico, social e cultural. A criação dos distritos criativos tem se mostrado uma proposta promissora para fomentar o potencial de uma região. O conceito é inaugurado com o reconhecimento da criatividade e inovação como impulsionadores do desenvolvimento. Uma resposta à transformação urbana e à crescente importância da economia criativa.
Considerando a importância dos estudos acadêmicos na área da economia criativa e o desenvolvimento dos distritos criativos este trabalho questiona: qual a evolução da produção científica sobre os distritos criativos nos últimos anos? Partindo dessa problemática, este artigo objetiva levantar a produção científica internacional sobre distritos criativos e suas relações com a economia criativa realizadas no período entre 2010 à 2024.
A discussão teórica levantada perpassa os aspectos de origem e conceituação dos termos que enrredam a criação dos distritos criativos e a sua intercessão com a economia criativa. Como elementos centrais são tratados a capacidade de incluir processos, ideias e empreendimentos que usam a criatividade e a inovação como recursos para o desenvolvimento. Entre os autores que sustentaram essa discussão incluem: Dharmani, Das e Prashar (2021); Florida (2002); Goldberg-Miller e Heimlich (2017); Héraud (2021); Sanfelici (2022); Teixeira, Piqué e Ferreira (2022) e Wittmann e Testoni (2019).
Essa pesquisa baseia-se em um estudo bibliométrico de caráter descritivo. Para tanto, foi foi selecionada a base “Scopus” com busca realizada em abril de 2024, abrangendo um intervalo de tempo correspondente aos anos de 2010 a 2024. Esse período de 14 anos foi escolhido para capturar uma visão abrangente e atualizada sobre o desenvolvimento e as tendências na área de Distritos criativos e sua intersecção com a economia criativa.
A produção acadêmica alcança maior representatividade em 2020. Até 2019 era esparsas, variando entre 0 a 3 artigos por ano. O termo "Innovation" é o mais recorrente nos textos, indicando sua centralidade no campo. Outros termos relevantes incluem "desenvolvimento urbano", "economia urbana", e "planejamento urbano". A produção pode ser considerada incipiente, com baixa integração entre os autores. A aplicação das leis de Bradford e Lotka revelou a distribuição desigual de publicações, refletindo a necessidade de maior diversificação e aprofundamento das pesquisas na área.
Ao avaliar as intersecções das discussões sobre distrito criativo e economia criativa, embora os termos sejam desenvolvidos por teóricos distintos, a evolução dos conceitos encontram similaridades ao longo dos anos e os estudos passam a tangenciar em vários termos comuns às duas abordagens. Os temas principais giram em torno da interseção entre inovação, desenvolvimento urbano e economia, com um forte foco em políticas públicas e práticas sustentáveis. Estes termos refletem a complexidade dos fatores que influenciam o crescimento e a gestão das áreas urbanas a partir da economia criativa.
Dharmani, P., Das, S., & Prashar, S. (2021). A bibliometric analysis of creative industries: Current trends and future directions. Journal of Business Research, 135, 252-267.
Florida, R. A. (2002) Ascensão da classe criativa – e seu papel na transformação do trabalho, do lazer, da comunidade do cotidiano. Porto Alegre: L&PM Editores.
Goldberg-Miller, S. B. D., Heimlich, J. E. (2017) Creatives expectations: the role of supercreatives in cultural district development. Cities, v.62, p. 120-130.
Howkins, J. (2001). The creative economy. How people make money from ideas. London: Penguin Press. 264p