Resumo

É crescente o número de mulheres que tem buscado criar seu próprio negócio como forma de melhorar sua renda e ser mais independente. De acordo com um levantamento realizado pela, Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em 2021. No entanto, mesmo com o fortalecimento do empreendedorismo feminino no Brasil (SEBRAE, 2022), o gênero feminino é, geralmente, aquele que mais assume trabalhos precários e vulneráveis. A resiliência surge então como um fenômeno que pode atuar na mitigação desses impactos.

compreender a resiliência no empreendedorismo feminino, através de um estudo na Feira das Marias Cariri.

Embora no Brasil o número de mulheres empreendedoras esteja em ascensão, as adversidades enfrentadas podem reduzir esse crescimento e as chances de sucesso nos negócios. Alperstedt, Borges e Serafim (2014).A resiliência tem sido uma das ferramentas usadas para descrever características de indivíduos que são capazes de responder e se recuperar mais rapidamente das dificuldades enfrentadas em suas atividades empreendedoras (Silva et al 2019).

. A pesquisa classificou-se como estudo exploratório, com abordagem qualitativa. Quanto à estratégia de estudo adotou-se a pesquisa narrativa e por meio de entrevistas semiestruturadas e observação. A análise temática foi empregada como técnica de análise da pesquisa.

Este trabalho reforça, em seus resultados, a literatura existente quanto às dificuldades enfrentadas por mulheres empreendedoras, assim como suas motivações, apresenta também atributos de resiliência destas mulheres e uma perspectiva coletiva da resiliência.

O estudo traz contribuições importantes apresentando uma realidade empreendedora específica de uma região do sul do Ceará, do Nordeste brasileiro, o qual evidencia a luta de mulheres empreendedoras por oportunidades de sobrevivência e realizações, fornece subsídio teórico para uma relação ainda pouco explorada entre resiliência no empreendedorismo feminino dentro do contexto das feiras que pode instigar pesquisadores a conhecer e aprofundar estudos em outras realidades empreendedoras no Brasil e no mundo.

ALPERSTEDT, G. D.; FERREIRA, J. B.; SERAFIM, M. C. Empreendedorismo feminino: dificuldades relatadas em histórias de vida. Revista de Ciências da Administração, v. 16, n. 40, p. 221-234, 2014. BOCHNIARZ, H. Theses to the discussion at the conference “women entrepreneurs in SMES”. In: CONFERENCE WOMEN ENTREPRENEURS IN SMES, 2000, Paris. Paris: OECD, 2000. BURNARD, K.; BHAMRA, R. Resiliência organizacional: desenvolvimento de uma estrutura conceitual para respostas organizacionais. International Journal of Production on Research, v. 49, n. 18, pág. 5581-99, 2011