Resumo

Título do Artigo

UBERIZAÇÃO DO TRABALHO: REVISÃO SISTEMÁTICA E SENDAS INVESTIGATIVAS
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Palavras Chave

Uberização
Empresas-aplicativo
Revisão Sistemática da Literatura

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho

Autores

Nome
1 - Vitória Maria Ferreira de Alencar Travassos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Natal - Centro de Ciências Sociais Aplicadas
2 - Janaynna Ferraz
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração
3 - Aline Francilurdes Nery do Vale
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) - Mossoró/RN
4 - Emilly Bezerra Fernandes do Nascimento
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Programa de Pós-Graduação em Serviço Social

Reumo

A reestruturação produtiva da década de 1970 é uma dos principais elementos dinamizadores das transformações no mundo do trabalho, considere-se o avanço da indústria 4.0, da microeletrônica e das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) (Slee, 2017). Nesse sentido, “a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista, ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva” (Franco; Ferraz, 2019, p. 849).
O objetivo deste trabalho é investigar como a uberização tem sido refletida na pesquisa acadêmica nacional, bem como mapear novos caminhos de estudo na área.
Conforme esclarecem Franco e Ferraz (2019, p. 854), "a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista, ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva." Franco e Ferraz (2019) sinalizam, ainda que os motoristas da Uber trabalham de forma autônoma, sem vínculos empregatícios e detendo quase todos os equipamentos necessários para entregar o serviço, tendo ainda que assumir todos os riscos e responsabilidades pela execução do seu trabalho.
Os 9 artigos analisados ficaram assim distribuídos: 3 em 2019; 1 em 2020, 2 em 2021 e também em 2022, e 1 em 2023. Observa-se que 7 dos 9 artigos utilizaram como técnica de coleta de dados entrevistas, questionários e análises documentais. Ou seja, em sua maioria, são estudos qualitativos que se debruçam sobre a particularidade de um caso ou situação. No geral, os temas discutidos versam sobre: a) processo de precarização do trabalho; b) tecnologia; c) impactos e desdobramentos da uberização sobre os trabalhadores. São sobre essas três dimensões (que estão necessariamente imbricadas).
Os artigos convergem sobre o rápido crescimento das empresas plataformas, principalmente durante a pandemia do covid-19 e da ascensão da informalidade de flexibilização dos direitos trabalhistas. Saliente-se a exploração e a falta de regulamentação do trabalho uberizado, como também, empresas frequentemente mascarando a natureza da relação de trabalho para evitar responsabilidades trabalhistas. A subsunção virtual do trabalho, leva tanto a perda de identidade profissional quanto ao adoecimento físico e mental, que se expressam como ansiedade e menor satisfação com a vida.
FRANCO, D. S.; FERRAZ, D. L. S. Uberização do trabalho e acumulação capitalista. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 17, n. esp., p. 844–856, 2019. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/76936. Acesso em: 28 abr. 2023. SLEE, T. Uberização: a nova onda do trabalho precarizado. São Paulo: ed. Elefante, 2017.