Resumo

A introdução explorou o desenvolvimento histórico dos estudos sobre negócios internacionais, destacando a ascensão das multinacionais de países emergentes, como as do Brasil, e a influência das instituições do país de origem em suas estratégias de internacionalização. Esta pesquisa visa preencher lacunas na literatura ao examinar como fatores institucionais específicos moldam o comportamento das multinacionais brasileiras no cenário global.

O problema de pesquisa deste estudo reside na necessidade de compreender como as instituições do país de origem impactam as estratégias de internacionalização das multinacionais brasileiras. Este fenômeno é crucial dada a emergência das multinacionais de países emergentes e a escassez de estudos que abordem especificamente as particularidades das multi latinas. O objetivo é investigar empiricamente, através da análise de regressão em dados de painel, como variáveis institucionais como apoio governamental e risco político influenciam a expansão global dessas empresas.

A fundamentação teórica deste estudo se baseia na revisão crítica das teorias da internacionalização de empresas, adaptadas ao contexto das multinacionais emergentes na América Latina e no Brasil. Explora-se como essas empresas desafiam as teorias tradicionais de internacionalização, adotando estratégias audaciosas em mercados globais.

A metodologia deste estudo utiliza uma abordagem quantitativa robusta para investigar como as instituições brasileiras influenciam a internacionalização das multinacionais do país. Com dados de painel e técnicas avançadas de regressão, a amostra inclui 56 empresas da Bovespa. O modelo de regressão de dados em painel examina como esses fatores influenciam a expansão global das multinacionais brasileiras, assegurando uma análise abrangente e robusta das relações estudadas.

Os resultados revelam que as multinacionais brasileiras têm em média 16,71% de suas operações no exterior, indicando potencial de expansão global. Fatores como tamanho da empresa e recebimento de subsídios são significativos para a internacionalização, enquanto o fomento institucional mostra influência positiva. Políticas públicas e estratégias financeiras são essenciais para promover a competitividade internacional das empresas brasileiras.

Este estudo investigou como as instituições do país de origem influenciam a internacionalização das multinacionais brasileiras. A análise revelou que empresas maiores e beneficiadas por subsídios governamentais tendem a ter maior presença global. Além disso, o suporte institucional e financeiro é crucial para a expansão internacional. Esses achados têm implicações teóricas ao desvendar como empresas de economias emergentes competem globalmente. Para a prática empresarial, oferecem informações para políticas que fomentem o crescimento sustentável no mercado global.

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