Resumo

Título do Artigo

A inércia das Universidades nas políticas de ESG: superando barreiras e promovendo práticas sustentáveis no Sul Global
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Palavras Chave

Políticas ESG
Universidades
Sul Global

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Sustentabilidade, Sociedade, Tecnologia e Inovação

Autores

Nome
1 - Fernando Eduardo Kerschbaumer
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Ecoville
2 - Gabriela Fracasso Moraes
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Ecoville
3 - Danielle Denes dos Santos
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - PPGA - Universidade Positivo
4 - Brauer Brayan Koren
UNIVERSIDADE POSITIVO (UP) - Ecoville

Reumo

O mundo presencia um chamado urgente por práticas sustentáveis e inovadoras em todos os setores, e a integração dos princípios ESG nas universidades é essencial para promover práticas sustentáveis e inovadoras (Aleixo et al., 2021). Apesar da importância dos princípios ESG, ainda se observa uma inércia nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Sul Global. A ONU indica que apenas 28% das universidades do Sul Global implementaram políticas ESG efetivas, sublinhando a necessidade de maior atenção e recursos nesta área para acelerar a adoção dessas práticas.
O problema de pesquisa investiga os fatores que contribuem para a lenta adoção das políticas ESG nas universidades do Sul Global. O objetivo é entender os obstáculos enfrentados pelas IES e explorar como a Transformative Innovation Policy (TIP) pode ser utilizada para superar essas barreiras, promovendo práticas sustentáveis e inovadoras. Este estudo visa contribuir para a formação de futuros profissionais comprometidos com a sustentabilidade e a inovação, posicionando as universidades como líderes nesta área.
A fundamentação teórica baseia-se na importância dos princípios ESG para a inovação corporativa (Porter & Kramer, 2019) e nos desafios da implementação dessas práticas (Eccles, Ioannou, & Serafeim, 2019). A literatura destaca a necessidade de uma abordagem prática e orientada para a ação (Gond & Moser, 2021) e a integração da justiça ambiental para equilibrar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental (Fischer et al., 2021). A TIP é usada como um framework para compreender as dinâmicas de transformação social e sustentabilidade (Schot & Steinmueller, 2018).
Este estudo qualitativo utilizou 42 entrevistas com reitores e gestores educacionais de universidades brasileiras. As entrevistas, totalizando mais de 630 páginas de transcrições, foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. A TIP serviu como background teórico, permitindo a análise das dinâmicas de transformação social para a sustentabilidade. A metodologia adotou uma abordagem indutiva, seguindo os preceitos de Glaser e Strauss (1967), Corbin e Strauss (2015) e utilizando a codificação aberta de Locke (2001).
A análise dos resultados identificou barreiras significativas à implementação de políticas ESG nas IES do Sul Global. Os dados emergentes das entrevistas foram categorizados e analisados conforme os preceitos de Bardin (2011). A TIP destacou-se como uma ferramenta eficaz para promover práticas sustentáveis, enfatizando a importância do aprendizado coletivo e da experimentação para abordar desafios sociais complexos. A análise revelou padrões recorrentes nas respostas dos entrevistados, destacando a necessidade de estratégias mais eficazes.
O estudo conclui que a inércia das IES na adoção de políticas ESG é um problema significativo no Sul Global. A TIP oferece um caminho promissor para superar essas barreiras, promovendo uma integração mais eficaz dos princípios ESG. A implementação dessas políticas não é apenas uma responsabilidade social, mas também uma oportunidade para as universidades se destacarem na formação de profissionais comprometidos com a sustentabilidade e a inovação. A pesquisa aponta para a necessidade de maior apoio e recursos para acelerar este processo.
Abad-Segura et al., 2021; Aleixo et al., 2021; Antwi et al., 2023; Bernert et al., 2022; Connell, 2020; Davoudi & Machen, 2022; Drahein et al., 2019; Fisher et al., 2021; Geels, 2019; Gephart Jr, 2004; Gond & Moser, 2021; Kuhlmann et al., 2019; Leal Filho et al., 2019; Loorbach & Wittmayer, 2024; Mabele & Kosgey Zachariah, 2019; Manan et al., 2023; Marrucci et al., 2019; Mazzucato, 2018; Miles et al., 2019; Miska & Mendenhall, 2018; OECD, 2023; Popescu et al., 2022; Porter & Kramer, 2018; Schot & Steinmueller, 2018; Shrestha et al., 2021; Ugbaja, 2023; ONU, 2023; Vurro et al., 2024.