Resumo

Título do Artigo

O Protagonismo e a trajetória de mulheres negras no curso de administração: um estudo em uma universidade pública no interior de Minas Gerais.
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Palavras Chave

Racismo
Administração
Graduação

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Experiências no ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Marina Lamanes dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios
2 - Rodrigo Miranda
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

Uma reflexão acerca da história das mulheres negras nos tempos coloniais onde iniciou-se o seu silenciamento e criação de estereótipos até a configuração do racismo enraizado e a consequente realidade de violência e sexualização da mesma; bem como seu percurso de luta e empoderamento dentro do movimento feminista identificado nos últimos anos. Noutro momento, de Almeida e Alves (2011), e o de Ávila e Portes (2012), que apontaram que a educação foi algo inacessível e o alcance do ensino superior significa uma mudança cultural, ainda mais para a mulher negra.
como se dá a trajetória das mulheres negras no âmbito acadêmico, uma vez que, além representarem uma minoria são, ainda, inferiorizadas e silenciadas num espaço que deveria fomentar discussões e, justamente, problematizar questões como o machismo e o racismo estrutural; a invisibilidade versus o protagonismo das mulheres negras em nossa sociedade? O Objetivo é conhecer a trajetória de alunas negras no curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia, com intuito de dar o espaço necessário à vozes que por tanto tempo vêm sendo silenciadas, para que sejam ouvidas.
Almeida e Alves (2011) descrevem como foram suas trajetórias escolares nos períodos de 1950 a 1970, através de relatos de mulheres negras que descrevem uma sensação de não pertencimento ao espaço da escola. Ávila e Portes (2012) identificaram que os fluxos escolares das alunas negras entrevistadas seguiam duas vertentes: os lineares - que não tinha interrupção desde que começaram a vida escolar - em que se encontrava somente uma minoria destas mulheres; e os vigorosamente atingidos por interrupções ou reprovações - em que se encontravam a maioria.
Na apresentação dos relatos das cinco alunas entrevistadas, seus nomes foram substituídos por nomes de cantoras negras famosas do pop internacional: Rihanna, Beyonce, Normani, Houston e Minaj. Aqui, serão abordados os principais fatos da vida das entrevistadas acerca das suas trajetórias até a universidade, tais quais: a) histórico familiar e relação com os estudos; b) dificuldades enfrentadas antes e depois da aprovação; c) opinião sobre racismo e cotas sociais; d) reconhecimento, empoderamento e referências; e) perspectivas para o futuro.
Este trabalho objetivou conhecer as histórias das entrevistadas, promovê-las enquanto protagonistas de suas próprias vivências, permitir que relatassem suas experiências e opiniões, e possibilitar que fossem ouvidas. A partir das falas das entrevistadas foi possível analisar em suas trajetórias as semelhanças e diferenças nas experiências e enfrentamentos, podendo assim identificar se os estudos produzidos no âmbito acadêmico que abordam a questão da mulher negra e seu acesso à educação, principalmente, no que se trata da área da Administração, são coerentes com estas realidades.
ALMEIDA, G. E. S. de, & ALVES, C. M. C. (2011). Educação escolar de mulheres negras: interdições históricas. Revista Educação Em Questão, 41(27). AVILA, R. C. e PORTES, É. A. A tríplice jornada de mulheres pobres na universidade pública: trabalho doméstico, trabalho remunerado e estudos. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n. 3, p. 809-832, dez. 2012. BONNAS, J. S. A evasão no Curso de Administração da Fagen: dimensões políticas, institucionais e contextuais. 2019. 138 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.