Resumo

A coordenação da transação é tradicionalmente tratada pela ótica da Economia dos Custos de Transação e da Economia dos Custos de Mensuração. Entretanto, trabalhos recentes indicam a necessidade de se discutir essa coordenação por um olhar mais integrativo. Por meio de uma discussão teórica, buscou-se estabelecer proposições que contribuam para compreender a complementaridade entre os conceitos definidos da ECT e da ECM na escolha da estrutura mais eficiente para coordenar as transações. A partir dessa discussão e das proposições teóricas, a coordenação em diversos SAGs foi caracterizada.

Com o intuito de discutir a complementaridade entre a ECT e ECM, o objetivo deste artigo foi compreender como a especificidade de ativos e a mensuração se complementam na escolha das estruturas de governança.

Os conceitos da Economia dos Custos de Transação (ECT) e da Economia dos Custos de Mensuração (ECM) derivam de duas correntes teóricas que se dedicam às discussões de coordenação, orientadas pelo conceito de custos de transação, mas que se dividem em dois ramos complementares: o da governança, tratado pela ECT; e o da mensuração, tratado pela ECM. Sendo, dessa forma, duas teorias que compartilham dos mesmos objetivos, mas que diferem em lógica interna, unidade de análise, proposições e variáveis mensuráveis.

Diferente da ECT, o contrato considerado pela ECM carrega o caráter legal do Estado, sendo capaz de oferecer maiores garantias do que os contratos clássicos. Isso se justifica ao demonstrar que na presença das regras formais do jogo, os custos de transação podem ser atenuados com o uso de contratos. Proposição geral: Na presença da mensuração, a estrutura de governança híbrida, sustentada por contratos formais, é capaz de oferecer proteção e contribuir para a redução de custos de transação, mesmo quando se considera a transação de ativos com elevado grau de especificidade.

Por meio de uma discussão teórica buscou-se estabelecer proposições que contribuam para compreender a complementaridade entre os conceitos da ECT e da ECM na escolha da estrutura mais eficiente para coordenar as transações. De maneira geral, observa-se um esforço recente em discutir e compreender a coordenação das transações em diversos SAGs aproximando os conceitos da ECT e da ECM. Em outras palavras, assim como se objetivou neste artigo, outros autores também se dedicaram a discutir a eficiência das transações em função da mensuração e da especificidade de ativos.

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