Resumo

Título do Artigo

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E A CRIAÇÃO DE SENTIDOS: UMA METASSÍNTESE DE ESTUDOS DE CASOS QUALITATIVOS
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Palavras Chave

Metassíntese
Aprendizagem Organizacional
Sensemaking

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Aprendizagem nas Organizações

Autores

Nome
1 - Cristiane Aparecida da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Discente - PPGA
2 - pedro paulo uchoa fonseca marques
UNIVERSIDADE FUMEC (FUMEC) - Belo Horizonte
3 - Mozar Jose de Brito
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Ppga

Reumo

Aprendizagem organizacional e sensemaking são fenômenos que ocorrem nas organizações e que podem se relacionar, já que a criação de sentidos que ocorre em momento de mudanças pode envolver aprendizado, seja ele o elemento propulsor ou resultado da mudança. As pessoas são agentes ativos no processo de construção de aprendizagem, incluindo as formas pelas quais esses agentes lidam com as adversidades e variações provocadas por um contexto macrossocial que serve de referência para a criação e compartilhamento de sentidos como parte do processo de aprendizagem coletiva que ocorre nas organizações.
Problema: Como os estudos de casos únicos e múltiplos abordam a relação entre aprendizagem organizacional e sensemaking? Até que ponto estes estudos explicam e ou limitam a compreensão desta relação? Objetivo: Mapear, por meio de uma metassíntese qualitativa, um conjunto de estudos de casos únicos e múltiplos que abordam a relação entre aprendizagem organizacional e sensemaking.
Aprendizagem organizacional pode ser entendida como ação estratégica à medida que as organizações enquanto coletividades de pessoas aprendem com experiências vivenciadas e utilizam o aprendizado como propulsor de aprimoramentos e inovações que podem produzir conquistas. O sensemaking busca entender o processo de construção de sentido no âmbito organizacional, que pode ser definido como um movimento pelo qual os atores procuram, interpretam, compreendem e atribuem sentidos a realidade organizacional, incluindo eventos novos, inesperados ou ambíguos que ocorrem dentro e fora da organização.
A metassíntese proporcionou a análise de cada estudo de caso, mostrando a relação existente entre AO e sensemaking. Observou-se uma relação de via dupla, em que AO interfere e é resultado da criação de sentido e vice-versa; outra unilateral - ou a AO contribuindo para a criação de sentidos ou o contrário. Em um estudo não foi possível perceber uma ligação, mas a partir de elementos externos. Na síntese cruzada dos casos ficou clara a relação entre os temas, possibilitando o entendimento que no espaço organizacional a AO e o sensemaking são duas temáticas convergentes e não excludentes.
O trabalho evidenciou a imbricação teórica entre AO e sensemaking. Esta articulação revelou que a criação de sentidos pode favorecer o aprendizado, e este, por sua vez, pode servir de referência para o processo de produção ou criação de sentidos. Além desta imbricação, estes esses dois fenômenos, que ocorrem no cotidiano, incorporam saberes e práticas sociais e discursivas. O entendimento das práticas e de suas representações, enquanto unidades de análise, pode ser um ponto de partida relevante para compreensão densa e qualificada da interrelação entre o processo de criação de sentidos e AO.
Ahn e Hong (2019); Antonello (2005); Antonello e Godoy (2009); Austen e Kapias (2016); Azevedo (2013); Benn et al. (2013), Bispo e Godoy (2012); Bitencourt (2010); Braun e Clarke (2006); Bussular e Antonello (2018); Cordes (2020); Czarniawska-Joerges (1992); Davel (2014); Durante et al. (2019); Easterby-Smith e Araújo (2001); Gherardi e Strati (2014); Gherardi (2014); Hoon (2013); Hysmith (2017); Maittils e Christianson (2014); Nonaka e Takeuchi (1997); Orlikowski (2007); Shepherd et al. (2014); Souza e Takahashi (2019); Takahashi e Fischer (2009); Thomas et al. (2001); Weick (1995 e 2005).