Resumo

Título do Artigo

SEGURANÇA MÁXIMA PARA QUEM RELACIONANDO BURNOUT E DEPRESSÃO NO TRABALHO EM AGENTES PENITENCIÁRIOS FEDERAIS
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Palavras Chave

Síndrome de Burnout
Depressão
Departamento Penitenciário Federal.

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Juliana Carvalho de Sousa
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Rio Grande do Norte
2 - Agostinha Mafalda Barra de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) - Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
3 - Pablo Marlon Medeiros da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) - Mossoró
4 - Aline Francilurdes Nery do Vale
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) - Mossoró/RN
5 - VIVIANE EMANUELE BARBOSA DANTAS
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Reumo

A Síndrome de Burnout (SB) vem sendo abordada como um problema de saúde pública de grande relevância social, devido ao seu impacto na saúde física e mental dos funcionários, de modo a comprometer a sua qualidade de vida (Silva, Dias, & Texeira, 2012). Os agentes penitenciários estão sujeitos a fatores estressores e tensões maiores que em outros grupos ocupacionais (Schaufeli & Peeters, 2000), que podem ser causados por diferentes situações, os quais geram nos indivíduos reações emocionais, como raiva, frustração, nervosismo e ansiedade (Stöver, 2017).
Analisar a relação entre as dimensões da Síndrome de Burnout e da Depressão em agentes penitenciários federais.
A SB pode ser descrita como uma resposta ao estresse crônico causado pelo esforço físico, cognitivo ou emocional decorrentes do trabalho (Maslach, Schaufeli, & Leiter, 2001). Já a depressão é caracterizada, segundo a American Psychiatric Association (Apa, 2014), como um transtorno mental que ocasiona mudanças no humor, além de alterações cognitivas e somáticas nos indivíduos. Embora sejam incipientes os estudos que investigam a relação entre Burnout e depressão na literatura nacional e internacional, pesquisas anteriores demonstraram haver associações positivas entre os dois construtos.
A fim de realizar o propósito da pesquisa, este estudo apresentou natureza descritiva e abordagem quantitativa, fazendo-se uso de uma survey (Mathers, Fox, & Hunn, 2009). A coleta de dados se deu por amostragem não probabilística, composta por sujeitos que se dispuseram a participar da coleta (Wilson & Laskey, 2003). Foram aplicados o Questionário Sociodemográfico e Funcional (QSF), o Inventário Beck de Depressão (IBD) e o Maslasch Burnout Inventory (MBI) com 100 agentes penitenciários federais lotados no estado do Rio Grande do Norte.
Os resultados demonstraram uma baixa relação positiva entre as dimensões Exaustão Emocional e Baixa Realização Profissional com as dimensões da depressão (Cognitiva e Somática Afetiva). Embora a maior parte dos respondentes não apresente uma predisposição a sintomatologias depressivas, o estudo apontou alta propensão ao desenvolvimento da SB.
Indica-se que novos estudos sejam delimitados, realizando-se investigações multicêntricas em outros grupos de profissionais, a fim de explorar tais construto, mensurando-se, portanto, o comportamento destas relações. Estudos futuros de cunho longitudinais podem também levar em consideração aspectos pessoais e elementos que envolvem o contexto de trabalho (condições, relações e organização do trabalho), hipotetizando modelos explicativos, buscando concatenar tais fenômenos.
Ahalt, C., Anhey, C., Ekhaugen, K., & Williams, B. Role of a US–Norway Exchange in Placing Health and Well-Being at the Center of US Prison Reform. American Journal of Public Health, 110(1), 27-29. DOI: https://10.2105/ajph.2019.305444 Akkoç, I.; Okun, O.; Türe, A. (2020). The effect of role‐related stressors on nurses' burnout syndrome: The mediating role of work‐related stress. Perspectives in Psychiatric Care, p. 1-14. DOI: https://doi.org/10.1111/ppc.12581