Resumo

Título do Artigo

A ANSIEDADE E O CONFLITO TRABALHO FAMÍLIA
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Palavras Chave

Ansiedade
Conflito trabalho-família
Conflito família-trabalho

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Significado do Trabalho, Satisfação e Mecanismos de Recompensa

Autores

Nome
1 - Adriane Fabricio
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Santa maria rs
2 - Nairana Radtke Caneppele
Centro Universitário Unihorizontes - MG - Belo Horizonte - MG
3 - Luis Felipe Dias lopes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM) - Departamento de Ciências Administrativas
4 - Fernanda Pasqualini
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (UNIJUI) - Admninistracao
5 - Cecilia Smaneoto
FACULDADE TRÊS DE MAIO (SETREM) - Três de Maio

Reumo

A vida é cada vez mais mediada por papéis formais em configurações organizacionais onde existem transições de funções do dia a dia envolvendo casa, trabalho e outros lugares. As transições são atividades que cruzam fronteiras, já as funções podem ser organizadas de forma contínua e integrada diminuindo a magnitude da mudança, mas aumentando o desfoque, tornando a criação e manutenção de limites mais difíceis (Ashforth, Kreiner & Fugate, 2000). Esse é um dos desafios que se enfrenta quando abordado o tema conflito do trabalho na família.
Com a pandemia do Covid-19 os integrantes das famílias passaram mais tempo juntos e os conflitos podem ter aumentado, causando ainda mais ansiedade, que já era previsto considerando o futuro incerto frente ao cenário atual. Portanto, elaboramos o seguinte problema de pesquisa: a ansiedade traço configura-se como antecedente do conflito trabalho família em suas dimensões interferência trabalho família, e interferência família trabalho? Nosso objetivo geral foi identificar se a ansiedade traço é antecedente das dimensões do conflito trabalho família.
A vida cotidiana é cada vez mais mediada por papéis formais em configurações organizacionais (Ashforth, Kreiner & Fugate, 2000). As ligações entre trabalho e família afetam o desempenho organizacional e o funcionamento familiar, ambos são marcadores importantes do bem-estar da sociedade (Diener & Suh, 1997). A ansiedade traço refere-se a diferenças individuais relativamente estáveis na propensão a responder a situações consideradas ameaças, enquanto a intensidade do estado de ansiedade aumenta.
Realizamos uma pesquisa aplicada, quantitativa, de levantamento (Survey), com a utilização da Escala de Conflito Trabalho-Família (ECTF) e o Inventário de Ansiedade-Traço (IDATE-T). Ainda contou com questões de identificação de perfil dos respondentes. A coleta de dados foi realizada durante o mês de maio de 2020, obtendo 329 respostas consideradas válidas e compondo a amostra desta pesquisa.Para a análise dos dados realizamos uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC) com o uso da técnica de Modelagem de Equações Estruturais (MEE), por meio da estimativa de Mínimos Quadrados Parciais (PLS-SEM).
As relações entre as variáveis latentes do modelo estrutural foram testadas e seus coeficientes estruturais foram significativos, ou seja, as hipóteses apresentadas foram suportadas. Deste modo, é possível afirmar que a ansiedade traço é antecedente do conflito trabalho família em suas dimensões interferência trabalho família, e interferência família trabalho. Sendo que, a interferência trabalho família impacta mais na ansiedade traço do que a interferência família trabalho.
Pesquisas relacionando a ansiedade traço e o conflito trabalho família ainda é incipiente, nos permitindo afirmar que, a ansiedade traço é antecedente do conflito trabalho família em suas dimensões interferência trabalho família, e interferência família trabalho. Consideramos que além de gerenciar o aumento da tensão que pode resultar da transição para o trabalho remoto, os trabalhadores precisam gerenciar o aumento das preocupações com a família, lidando constantemente com as preocupações ligadas a saúde e segurança de familiares e amigos.
Ashforth, B. E., Kreiner, G. E., & Fugate, M. (2000). All in a Day’S Work: Boundaries and Micro Role Transitions. Academy of Management Review, 25(3), 472–491. Carnevale, J. B., & Hatak, I. (2020). Employee adjustment and well-being in the era of COVID-19: Implications for human resource management. Journal of Business Research, 116, 183-187. Diener, E., & Suh, E. (1997). Measuring quality of life: Economic, social, and subjective indicators. Social indicators research, 40(1), 189-216.