Resumo

Título do Artigo

APLICAÇÃO DO MODELO CAMELS NA AVALIAÇÃO DA RENTABILIDADE DO SETOR BANCÁRIO BRASILEIRO
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Palavras Chave

Rentabilidade Bancária
CAMELS
GMM

Área

Finanças

Tema

Gestão Financeira

Autores

Nome
1 - Daniel Pereira Alves de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Pampulha
2 - Marcos Antônio de Camargos
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Reumo

O setor bancário desempenha papel importante para a economia, atuando de forma decisiva para o crescimento do país. Assim, torna-se fundamental garantir a manutenção dessas instituições, visando assegurar a continuidade da saúde financeira do país. Para esse fim, é relevante identificar os determinantes do desempenho financeiro dessas instituições para compreender a dinâmica do setor, bem como criar insights para implementações de medidas estratégicas em momentos de stress e crises.
Neste trabalho é proposta a aplicação do modelo CAMELS para seleção dos indicadores internos de avaliação do risco, bem como indicadores macroeconômicos para compreender a dinâmica da rentabilidade do setor bancário brasileiro, tendo especificamente como objeto de estudo os bancos comerciais de capital aberto. Desse modo, objetivo é, portanto, identificar e analisar os determinantes da rentabilidade dos bancos comerciais de capital aberto no país no período de 2015 a 2020
O modelo CAMELS. Criado incialmente na década de 80 e aprimorado em 1996, considera informações sobre adequação de capital, qualidade dos ativos, qualidade da gestão, ganhos, liquidez e sensibilidade ao risco de mercado. Tal metodologia visa diagnosticar a qualidade da gestão de instituições financeiras, sendo tais dimensões adotados no presente estudo para captar o desempenho interno destas instituições.
Em termos metodológicos, foram utilizados modelos baseados na metodologia GMM. Foram utilizadas oito variáveis relacionadas com a metodologia CAMELS, além do PIB, IPCA, Movimentação do Mercado e Concentração de Carteira para evidenciar e captar efeitos macroeconômicos. Por fim, foi criada uma variável dummy para sinalizar a abertura de capital durante o período analisado. A periodicidade dos dados foi trimestral.
Não foram identificadas significância para os coeficientes relativos às dimensões ganhos, liquidez e qualidade da gestão. Além disso, foi constatado uma aversão ao risco por parte das empresas desse setor, de modo que quanto maior exposição ao risco de mercado e risco de insolvência, menor o desempenho. Já quanto as variáveis macro, foram identificadas relações positivas entre o PIB, IPCA e Movimentação de Mercado, o que sugere a eficiência do sistema bancário brasileiro.
Dentre as principais constatações destacam-se: a confirmação da necessidade da avaliação de risco proposto tanto pelo modelo CAMELS como pelo Acordo de Basileia III para a manutenção da atividade bancária, sobretudo no que tange à adequação de capital, qualidade dos ativos e sensibilidade ao mercado; a evidenciação de eficiência do sistema bancário de capital aberto nacional; e que, embora o mercado financeiro brasileiro ainda esteja em desenvolvimento, sua evolução se relaciona com melhorias no desempenho bancário.
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