Resumo

Título do Artigo

O Plano de Abertura de Agências do Banpará: Identificação e Análise dos Riscos Corporativos Associados ao Ambiente de Valor
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Gestão de riscos corporativos
Cadeia de valor
Banpará

Área

Artigos Aplicados

Tema

Estratégia

Autores

Nome
1 - Marcio Kawahara Iguma
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Programa de Pós-graduação em Controladoria e Contabilidade
2 - Antônio Edson Maciel dos Santos
Faculdade FIPECAFI (FIPECAFI) - São Paulo

Reumo

O surgimento da crise global do novo coronavírus em 2019 trouxe um impacto recessivo sobre a economia brasileira. O Banpará destaca-se no atual cenário apresentando resultados positivos, concedendo crédito para empreendedores e avançando na abertura de agências nos municípios do Pará, na contramão de seus concorrentes. Considerando que os bancos públicos assumem um maior nível de risco por apoiar setores e segmentos mais vulneráveis, o presente estudo buscou analisar os riscos corporativos identificados nas relações com agentes externos do Plano de Expansão do Banpará.
O Plano de Expansão tem permitido ao Banpará atingir municípios de difícil acesso e carente de infraestrutura tecnológica, visando promover a bancarização da população paraense e proporcionar uma dinâmica financeira nos municípios, contribuindo com a geração de emprego e renda e corroborando para a melhoria dos indicadores socioeconômicos do Estado. O processo conta com a participação de diferentes áreas internas do banco e abrange as etapas de autorização e de implantação de cada uma das agências previstas no Plano de Expansão, que passa por uma revisão de planejamento anual.
Devido ao seu propósito em alinhar as oportunidades de negócio com as responsabilidades social, econômica, ambiental e cultural, a continuidade e a tempestividade do Plano de Expansão do Banpará são essenciais para os municípios de estado do Pará, principalmente no contexto da pandemia da COVID-19. A execução da implantação de agências exige que a organização interaja e receba influências com mais agentes, além dos stakeholders convencionais do Banco. Assim, em seu ambiente externo estão presentes agentes que participam da geração de valor e compartilham desafios comuns.
Para a análise dos riscos foram identificados os níveis de criticidade dos riscos a partir do cálculo considerando os valores da possibilidade ocorrência do risco, da consequência do risco sobre os objetivos organizacionais (impacto) e da vulnerabilidade. A identificação dos agentes externos e suas relações com o ambiente de valor do Plano de Expansão, o mapeamento dos riscos decorrentes dessas relações e a avaliação das práticas atuais de GRC do Banpará conforme os fatores de organização, tecnicidade, transparência e envolvimento com base na visão do modelo científico proposto por Oliva (2016
Dentre os riscos mais importantes destacam-se aqueles relacionados ao atraso no cronograma de implantação da agência com o envolvimento dos agentes Fornecedores, Investidores e Prefeitura. O apontamento do risco ambiental ligado ao Fornecedor revela a preocupação dos entrevistados com a questão de ESG. Com relação às práticas de GRC do Banpará, a análise aponta para o fator transparência. Entretanto, o fator Envolvimento indica que há espaço para melhorias relacionadas principalmente à integração e comunicação dos riscos na organização.
O estudo oferece contribuições práticas para as organizações, especificamente para as instituições financeiras, demonstrando a aplicação de modelos científicos desenvolvidos pela academia. Os achados também contribuem para demonstrar a importância da bancarização para o desenvolvimento dos municípios do Pará, do ponto de vista econômico e social. Do ponto de vista teórico, o estudo contribui para a literatura bancária e financeira e a literatura sobre GRC, segundo a visão abrangente das relações com os agentes externos no ambiente de valor.