Resumo

Título do Artigo

RELAÇÕES ENTRE O NÍVEL DE ADOÇÃO DO BALANCED SCORECARD E AS CARACTERÍSTICAS ORGANIZACIONAIS
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Palavras Chave

Balanced Scorecard
Características Organizacionais
Empresas de Panificação

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia de Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - Rayane Farias dos Santos
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) - Campus Darcy Ribeiro
2 - Antônio André Cunha Callado
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - PPGC

Reumo

As mudanças estruturais empresariais provocadas pelas constantes alterações mercadológicas e por meio da competitividade acirrada levam as organizações ao estabelecimento de metas e objetivos para alcance dos resultados definidos, tornando-se importante a instituição de estratégias empresariais, assim como o uso de ferramentas de desempenho. Para que essas ferramentas alcancem sua eficácia é necessário o entendimento de características organizacionais que possam vir a afetar a implementação desses instrumentos de forma facilitada e tempestiva.
O Balanced Scorecard alcançou grande relevância ao longo dos anos, tornando-se um modelo de gestão estratégica, revolucionando o pensamento convencional sobre métricas de desempenho. Porém, muito estudos apontam críticas principalmente quanto a dificuldade de implementação da ferramenta. Alguns estudos no âmbito da Teoria da Contingência passaram a surgir, apontando que o estudo de fatores contingentes podem contribuir para a problemática, desencadeando no objetivo desse estudo que é analisar as relações existentes entre o nível de uso do Balanced Scorecard e as características organizacionais
Balanced Scorecard: Conceituação, objetivo, gerações, perspectivas e limitações, principalmente no tocante a implementação, apontada por muitos como complexa. E Teoria da contingência, utilizando como fatores contingenciais o tamanho, a estrutura organizacional, o tempo de atuação no mercado, abrangência do mercado e relação com stakeholders: clientes e fornecedores. Esses fatores são considerados como caracteristicas organizacionais.
Pesquisa descritiva, exploratória e quantitativa, cujo universo é composto por 205 empresas do setor de panificação. Todas as empresas foram contatadas e 42 delas aceitaram participar da pesquisa, perfazendo a amostra do estudo. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado, disponibilizado na plataforma Google Forms, tomando por base os estudos de Soderberg (2006), Oliveira (2017) e Silva Paula (2018). O período de coleta de dados durou três meses. Procedimentos estatísticos: estatística descritiva, teste de significância de Kruskal Wallis e de correlação de Spearman
Os resultados apontam que mais da metade das empresas pesquisas não são usuárias do Balanced Scorecard, cuja estruturação hierárquica pode ser enquadrada como simples, assim como possuem de pequeno à médio porte, apesar da grande maioria possuir muito tempo de atuação no mercado, cujas relações com partes interessadas ocorrem por meio de negócios individuais. As características organizacionais não se mostraram significativas ao nível de uso do BSC. A característica estrutura hierárquica se mostrou correlacionada ao nível de uso do BSC, atuando como fator contributivo da ferramenta.
É importante que os usuários do Balanced Scorecard visualizem que a estratégia e os objetivos do negócio devem ser primeiramente considerados no processo de concepção e implementação da ferramenta (Guerra, 2007), e as demais características servem de base, mas não são significativas para decidir se a empresa não pode ser usuária do BSC ou precisa ser usuária do BSC III.
Oliveira, A. S. (2017). Contingência organizacional e mensuração de desempenho: um estudo em ONGs brasileiras. Dissertação (Mestrado em Contabilidade). Universidade Federal da Paraíba, Paraíba. Silva Paula, J. M. (2018). Relação entre a mensuração de desempenho e os fatores contingenciais: um estudo na indústria de transformação da região metropolitana de Recife. Dissertação (Mestrado em Controladoria). Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife. Soderberg, M. J. (2006). The balanced scorecard: structure and use in Canadian companies. Tese Universidade de Saskatchewan Saskatoon