Resumo

Título do Artigo

MODELO DE NEGÓCIOS DE IMPACTO: UM ESTUDO COM AS EMPRESAS B DA AMÉRICA LATINA E CARIBE
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Palavras Chave

Empresas B
Modelos de Negócios de Impacto
Impacto socioambiental

Área

Empreendedorismo

Tema

Microempreendedor, Empreendedorismo Regional e Empreendedorismo Corporativo.

Autores

Nome
1 - Fábio da Silva
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Roberto Freire, Natal
2 - Juliana Bianca Maia Franco
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Roberto Freire
3 - Tarciara Magley da Fonseca Pereira
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Roberto Freire Natal RN
4 - Ismael de Mendonça Azevedo
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Roberto Freire
5 - Cristine Hermann Nodari
UNIVERSIDADE FEEVALE (FEEVALE) - Mestrado Acadêmico em Administração

Reumo

O grande desafio para as organizações do século XXI é enquadrar o modelo de negócio tradicional com as perspectivas socioambientais. Nesse sentido, a inovação do modelo de negócios é uma solução para que as organizações se tornem “sociais” e, assim, consigam sobreviver no mercado. A atenção deste estudo está voltada para organizações que tem o objetivo de obter lucros financeiros para promover impacto socioambiental positivo certificadas como “B Corps (Empresas B)”. As Empresas B são organizações comprometidas com redução dos impactos socioambientais, bem como promover a mudança social.
Ainda há um conhecimento muito limitado sobre as Empresas B. Ante o exposto, questiona-se: quais as características, critérios diferenciados que emergem das Empresas B? Nesse sentido, o objetivo do estudo é aprofundar a compreensão dos modelos de negócios de impacto, suas políticas e práticas empresariais para o empreendedorismo sustentável por meio de uma pesquisa documental das organizações híbridas certificadas como Empresas B em toda a América Latina e Caribe.
O modelo de negócios das Empresas B estão voltados para obtenção de lucros, bem como para produzir impactos positivos no meio ambiente e sociedade. Para Hankammer et al. (2021) este modelo de negócios pode transformar consumidores em “prossumidores” a fim de promover o consumo sustentável. Saiz-Álvarez et al. (2020) salientam que os impactos externos podem ultrapassar os limites da empresa com vista o bem-estar social. Portanto, a criação e entrega de valor são orquestrados pelas empresas de forma estruturada e os retornos (econômicos e sociais) tendem a aumentar.
A abordagem metodológica é de natureza qualitativa, baseada em um estudo de caso descritivo e exploratório, enquanto a análise dos dados foi realizada por meio de análise de conteúdo a partir da pesquisa documental em relatórios; sites das empresas 687 empresas certificadas e site do diretório latino americano e do caribe do Sistema B. Utilizou-se uma análise de conteúdo sem o desenvolvimento da categorização prévia, portanto criou-se, apenas “as operações de enumeração e tratamento estatístico” reforçando a palavra como unidade de significação por meio do software Nvivo 12.
O sucesso é medido pelos impactos socioambientais. Nesse sentido, a rede de Empresas B, permite a aproximação e troca de experiências entre as organizações e, por conseguinte, busca o fortalecimento das marcas a partir de sua filosofia de um mundo melhor e mais humanitário aliado com a perspectiva de obtenção de lucro e transcendendo a Responsabilidade Social Corporativa. A proposta de melhoria contínua das empresas B visa não apenas a mitigação dos impactos negativos, mas, e sobretudo, a geração de impactos, bem como construir e compartilhar elos de forma inclusiva e participativa.
As Empresas B buscam tanto a lucratividade (lógica de mercado) quanto o impacto social (lógica social) e ambiental para atingir seus fins socioambientais positivos, incorporando estes objetivos e valores em suas políticas e práticas cotidianas. O modelo de negócio das empresas B visa uma estrutura organizacional incorporada aos objetivos, valores, identidades e práticas interpessoais e interorganizacionais, que vão desde atividades de apoio e educação até gestão participativa e democrática da empresa pelos funcionários para legitimar o modelo de negócios e impulsionar a mudança social.
Paelman, V., Cauwenberge, P. V., & Bauwhede, H. V. (2020). Effect of B Corp Certification on Short-Term Growth: European Evidence. Sustainability, 12, 8459. Romi, A., Cook, K. A., & Dixon-Fowler, H. R. (2018). The influence of social responsibility on employee productivity and sales growth Evidence from certified B corps. Sustainability Accounting, Management and Policy Journal, 9(4), 392-421. Stubbs, W. (2017). Characterising B Corps as a sustainable business model: An exploratory study of B Corps in Australia. Journal of Cleaner Production, 144, 299-312.