Resumo

Título do Artigo

DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO DE PLANEJAR A APOSENTADORIA
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Planejamento da Aposentadoria
Alfabetização Financeira
Confiança na Previdência

Área

Administração Pública

Tema

Relação Governo-Sociedade: Transparência, Accountability e Participação

Autores

Nome
1 - Nairon Cesar Diniz de Sousa
FUCAPE Business School - Vitória
2 - Sérgio Augusto Pereira Bastos
FACULDADE FUCAPE (FUCAPE) - Administração de Empresas

Reumo

O envelhecimento da população é um fenômeno global (Lim, Ng, & Basha, 2019) e há indicações de que muitas pessoas não terão renda suficiente quando chegarem à aposentadoria (Koposko, Kiso, Hershey, & Gerrans, 2016), que representa o início de um período da vida em que o trabalho já não é mais dominante (Leandro-França, Van Solinge, Henkes, & Murta, 2016). No entanto, indivíduos comumente encontram dificuldades e não encontram motivação quanto ao comportamento de planejar a aposentadoria (Seay, Kim, & Heckman, 2016; Magwegwe & Lim, & Heckman, 2016; Magwegwe & Lim, 2020).
Identificar os fatores que determinam o comportamento de planejar a aposentadoria do ponto de vista financeiro, valendo-se da Teoria do Comportamento Planejado (TCP) como lente teórica. Nesse contexto, são introduzidos os construtos de alfabetização financeira (Rahman et al., 2020; Hastings & Mitchell, 2020) e de confiança na previdência pública (Liébana-Cabanillasa, Herrera, & Guillén, 2016).
A Teoria do Comportamento Planejado (TCP) auxilia na compreensão das intenções e dos comportamentos humanos (Nga & Yeoh, 2018) em variadas situações (Baistaman et al., 2019), como no planejamento financeiro e de aposentadoria (Nga & Yeoh, 2018; Baistaman et al., 2019).
O estudo é quantitativo, descritivo, com dados primários e corte transversal. O campo de estudo é o sistema previdenciário brasileiro e a população-alvo da pesquisa serão brasileiros não aposentados. A coleta dos dados primários se deu por questionário estruturado e autoaplicável, disponibilizado eletronicamente. A técnica de análise de dados é a modelagem de equações estruturais com estimação por mínimos quadrados parciais (SEM-PLS). A análise de dados foi feita com o software SmartPLS 3.3.
os resultados encontrados sugerem que a atitude afetiva, as normas sociais e o controle comportamental percebido impactam positivamente a intenção de planejar a aposentadoria, e esta do comportamento de planejar a aposentadoria. Por outro lado, restou evidenciado que a atitude transacional, apontada na literatura como distinta da atitude afetiva, não impacta positivamente a intenção de planejar a aposentadoria, o que parece bem característico da cultura brasileira.
Como a alfabetização financeira é importante para uma aposentadoria mais digna, isso pode ser um problema no Brasil, país com baixo grau de escolaridade. A pesquisa revelou que a confiança no regime geral da previdência (INSS) fortalece a relação entre intenção e planejar a aposentadoria, o que indica ainda uma fiança no papel do Estado na vida das pessoas. A instabilidade e as potenciais novas mudanças das regras de aposentadoria ainda não são sentidas pela população brasileira em temos de perda de confiança no sistema público.
Liu et al. (2021). Multidimensional retirement planning behaviors, retirement confidence, and post-retirement health and well-being among Chinese older adults in Hong Kong. Applied Research in Quality of Life, 1-17. Palací et al. (2018). Too soon to worry? Longitudinal examination of financial planning for retirement among Spanish aged workers. PloS one, 13(12), 1-17. Rahman et al. (2020). Determinants of indebtedness: Influence of behavioral and demographic factors. International Journal of Financial Studies,8(1), 1-13.