Resumo

Título do Artigo

AS POLÍTICAS DAS AÇÕES AFIRMATIVAS A PARTIR DA PERCEPÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DA PREFEITURA DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DE MINAS GERAIS
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Palavras Chave

Diversidade
Cotas para Negros
Administração Pública

Área

Gestão de Pessoas

Tema

As faces da Diversidade

Autores

Nome
1 - MAGNUS FELIPE COELHO MELO
Centro Universitário Unihorizontes - MG - BELO HORIZONTE
2 - Alice de Freitas Oleto
Centro Universitário Unihorizontes - MG - Santo Agostinho

Reumo

O racismo ainda assombra e atinge à maioria da população brasileira, mesmo sendo considerado um país miscigenado (FAEDO et. al., 2017), onde 56,10% da população brasileira são negros. Destaca-se a Lei nº 12.288 de 20 de julho de 2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial com o direito à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades e ao combate à discriminação racial. Esse estudo se justifica, uma vez que o tema diversidade racial ainda possui uma tratativa artificial e as ações afirmativas acabam se tornando políticas compensatórias no processo de inclusão social.
A pergunta central deste estudo é: Como os gestores da prefeitura de uma cidade do interior de Minas Gerais combatem à desigualdade racial no ambiente de trabalho diante das políticas e práticas das ações afirmativas? Sendo assim, esta pesquisa tem por objetivo compreender a percepção dos gestores quanto à diversidade racial no setor público, no que tange à inserção dos profissionais negros por meio da lei de cotas e as ações adotadas pelos gestores para combater a desigualdade racial na prefeitura de um município do interior de Minas Gerais.
Leite e Longo (2019) afirmam que a gestão da diversidade é eficaz e vem se tornado um desafio para as empresas. Moreira (2016) a ações afirmativas são políticas sociais destinadas à representatividade de grupos minoritários dentro da sociedade. E os gestores públicos e privados que adotam essa política não praticam discriminação, pois dão aos grupos minoritários oportunidades acessíveis (BOLYAN, 2002). Silva (2011) afirma que as ações afirmativas são importantes por garantir acesso de oportunidade e fomentar a integração social das minorias no mercado de trabalho.
Esta pesquisa é qualitativa do tipo descritiva, por residir o desejo de conhecer as especificidades de um determinado fenômeno, seus problemas e suas características. (TRIVIÑOS, 1987). O método da pesquisa se deu por meio de um estudo de caso, tendo como unidade de análise a Prefeitura de um município do interior de Minas Gerais, e, enquanto sujeitos de pesquisa foram entrevistados doze gestores da Administração Pública Municipal, a partir de um roteiro semiestruturado.
As respostas se encaixam o entendimento de Pacheco et al. (2014) quando analisa a falta de posicionamento dos gestores no foco discriminatório. Essa omissão se dá ou por despreparo ou até mesmo por falta de senso ética, mas, no que tange é ética, esta deve assegurar que ninguém pode ser indiferente, ou seja, cabe ao gestor agir (MATOS, 2008).
É preciso ainda que dentro das repartições públicas os gestores se conscientizem e promovam eventos, palestra e ações a fim de promover da igualdade, tendo em vista que a prática da inclusão se dá pela compreensão da diversidade e o seu papel no contexto social. Como a diversidade é um tema de suma importância, recomenda-se estudos futuros com, pois o presente artigo apresentou limitações quanto aos negros, pois apenas um gestor da prefeitura do município do interior de MG que participou da entrevista é negro, os demais são brancos ou pardos.
BOYLAN, Michael. Affirmative action: strategies for the future. Journal of Social Psychology, v. 33, n. 1, 2002. FAEDO, J. Y.Y.; YAMAMOTO, V.S.; LOPES, J. C. J. AÇÕES AFIRMATIVAS NO BRASIL: UMA PESQUISA BIBLIOMÉTRICA. Desafio Online v.5, n.3, art.5 Set./Dez. (2017). TRIVINOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: A pesquisa qualitativa em educação / Augusto Nibaldo Silva Trivifios. --São Paulo: Atlas, 1987. PIOVESAN, Flávia. Ações afirmativas no Brasil: desafios e perspectivas. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 16, n. 3, p. 887-896, Dez. 2008.