Resumo

Título do Artigo

Análise da Motivação para Permanência na Docência no Ensino Superior de Contabilidade
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Docência Ensino Superior
Motivação
Contabilidade

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Gustavo Henrique Dias Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Programa de Pós-Graduação e Pesquisas em Controladoria e Contabilidade
2 - Olívia Bernardo de Moura
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
3 - Samuel de Oliveira Durso
Faculdade FIPECAFI (FIPECAFI) - Mestrado Profissional
4 - jacqueline veneroso alves da cunha
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Faculdade de Ciências Econômicas
5 - Bruna Camargos Avelino
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Reumo

A educação faz parte de todo o processo de desenvolvimento humano e na acumulação de experiências, sendo vital para a formação dos indivíduos. Os professores representam um importante papel nesse processo de ensino-aprendizagem. No ensino superior, a atuação dos professores é marcada por desafios, como as responsabilidades sobre o conhecimento sólido, preparação didático-pedagógica e atualização sobre o mercado da área. A motivação desses professores é essencial para a manutenção da qualidade do ensino, principalmente para o crescente ensino superior, como é o caso da área de contabilidade.
Visualizando os docentes como um sujeito no processo de motivação no ensino-aprendizagem e com intuito de conhecer melhor este fenômeno, esta pesquisa visa responder a seguinte questão: quais os fatores determinantes da motivação dos docentes de cursos de Ciências Contábeis para a permanência na carreira acadêmica? Assim, o objetivo da pesquisa é identificar os principais determinantes da motivação de professores de graduação dos cursos de Ciências Contábeis para permanecer com a atuação docente.
A Teoria da Autodeterminação (Self-determination Theory – SDT) é uma das teorias que fundamenta estudos contemporâneos sobre a motivação. Ao desenvolver a SDT, Deci e Ryan (1985, 2008) propuseram que a satisfação de necessidades psicológicas básicas e universais promoveriam o funcionamento humano de forma saudável. A teoria é formada por um continuum de autodeterminação que compreende três níveis motivacionais: a motivação intrínseca, a motivação extrínseca e a desmotivação.
Foi realizado um levantamento com 116 profissionais atuantes em programas que ofertavam a graduação e a pós-graduação stricto sensu na área contábil no Brasil. O instrumento da pesquisa foi baseado na Escala de Motivação Acadêmica (EMA), desenvolvida por Vallerand et al. (1992). Os dados foram analisados de forma quantitativa, por meio da estimação de regressões lineares múltiplas para os diferentes níveis motivacionais relacionadas com a Teoria da Autodeterminação de Deci e Ryan (1985, 2008).
Os principais resultados da pesquisa permitem identificar que a remuneração e a escolaridade foram os principais fatores que explicaram a motivação dos docentes participantes da amostra da pesquisa. Além disso, a experiência na carreira docente também foi importante para entender diversos níveis de motivação dos professores. O gênero, por sua vez, só foi significativo para entender um tipo de motivação extrínseca para a continuidade na carreia.
Os níveis motivacionais dos professores de contabilidade estão atrelados às suas condições sociodemográficas, como remuneração recebida para o trabalho, o grau de escolaridade, a idade, dentre outros. Menores níveis de remuneração e maior escolaridade reduzem a motivação dos professores para a continuidade na profissão. Assim, as instituições de ensino superior que ofertam o curso de ciências contábeis e demais órgãos educacionais de interesse deveriam reconhecer esses fatores que afetam a motivação dos professores a fim de buscar estratégias que visem a manutenção dos níveis motivacionais.
Vallerand, R. J., Pelletier, L. G., Blais, M. R., Brière, N. M., Senécal, C., & Vallières, E. F. (1992). The academic motivation scale: a measure of intrinsic, extrinsic, and amotivation in education. Educational and Psychological Measurement, 52(4), 1003-1017. Deci, E. L., & Ryan, R. M. (1985). Intrinsic motivation and self-determination in human behavior. New York, NY: Plenum. Deci, E. L., & Ryan, R. M. (2008). Self-determination theory: a macrotheory of human motivation, development, and health. Canadian Psychology, 49(3), 182-185.