Resumo

Título do Artigo

CENÁRIO DE SERVIÇOS E AS RELAÇÕES DE COCRIAÇÃO EM UMA FEIRA CRIATIVA
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Palavras Chave

Cenário de serviços
Cocriação
Feira Cariri Criativo

Área

Marketing

Tema

Marketing e Sociedade

Autores

Nome
1 - Letícia Linhares Saraiva de Alencar
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - PERNAMBUCO
2 - Beatriz Gondim Matos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA) - Curso de Administração
3 - Halana Adelino Brandão
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA) - Juazeiro do Norte
4 - Mariana Bueno de Andrade Matos
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - EACH

Reumo

Entre os muitos exemplos de Economia Criativa no Brasil, é possível evidenciar desde 2011 a Feira Cariri Criativo, no interior do Ceará, mais precisamente na Região do Cariri. Gerhard et al. (2017) trata da importância de feiras livres e que essas são pouco utilizadas como objeto de pesquisa. O ambiente ou cenário, quando é tratado nos estudos de economia criativa partem de abordagens de planejamento urbano e/ou de territórios. Evidenciou-se que a pesquisa poderia ser pioneira no sentido de trazer discussões a respeito do cenário de serviços e co-criação aplicada a ambientes ressignificados.
Interessa-se compreender porque apesar dos avanço nos estudos teórico - conceituais e metodológicos acerca da Economia Criativa e do processo de cocriação, a falta de oportunidades dos empreendedores e prestadores de serviços de inovar, criar e obter novos conhecimentos, ainda é um dos fatores que pode afetar a melhoraria da qualidade dos produtos e dos serviços prestados nas Feiras Criativas. Este trabalho teve como objetivo principal compreender como os elementos do cenário e as interações de cocriação afetam e influenciam o consumo da feira do Cariri Criativo.
A fundamentação teórica foi dividida no cenário de serviços e seus elementos, explicando que o cenário de um serviço é parte essencial para que o consumidor se sinta atraído e satisfeito. O papel dos consumidores e dos prestadores no ambiente/cenário de serviços: as interações de cocriação trazem o desenvolvimento de que as organizações de serviços são comprometidas em oferecer experiências aos seus clientes. O tópico da cocriação: as interações consumidor-consumidor e prestador-consumidor traz a definição do conceito e como essa acontece com os consumidores e os prestadores do serviço.
Desenvolveu-se inicialmente um levantamento bibliográfico. Ademais, foi realizado um estudo de caso que, para Stake (1995), tem o objetivo de buscar em um caso especial o que pode ser único e trazer reflexões. Levando-se em consideração a natureza da pesquisa, foi realizado um estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas com prestadores de serviços do espaço, com consumidores e com uma gestora do caso selecionado para estudo.
Após a transcrição, leitura das entrevistas e análise, foram definidas 3 macro categorias, emergidas do referencial teórico sobre Economia Criativa, cenário de serviços e cocriação e do corpus da pesquisa. A primeira categoria abordou o planejamento do cenário de serviços e foram consideradas as visões dos prestadores de serviços e dos consumidores. A segunda categoria foi a cocriação, abordando como ela é presente na feira, nas relações: consumidor-consumidor e prestador - consumidor. A terceira e última categoria foi a questão da pandemia, e como ela afetou as relações de cocriação na feira.
Quanto às relações de cocriação, os achados sugerem que a relação dos prestadores de serviços com os consumidores é relevante para ambos. É a nela que existem as relações de cocriação, onde o consumidor percebe sua importância no serviço, ao comprar os produtos e frequentar aquele ambiente. No que se refere aos elementos físicos do cenário, para este estudo, estes não influenciam a percepção do consumo. Entretanto, o cenário (local) onde a feira é realizada não somente influencia o consumo, como ainda traz significados remanescentes da praça antes de passar pela requalificação da praça
GERHARD, Felipe; PEÑALOZA, Verónica. Resilience in trade fairs: a study in Brazilian context. Interações (Campo Grande), v. 19, p. 855-869, 2018. GIL, A. C. Estudo de Caso. 1. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009. SVENSSON, G.; GRÖNROOS, C. Service logic revisited: who creates value? And who co‐ creates? European Business Review, 2008. LUSCH, Robert F.; VARGO, Stephen L.; GUSTAFSSON, Anders. Fostering a trans-disciplinary perspectives of service ecosystems. Journal of Business Research, v. 69, n. 8, p. 2957-2963, 2016. Stake, R. E. The Art of Case Study Research. London: SAGE Publications, 1995