Resumo

Título do Artigo

REFLEXÕES COM ESTUDOS SOBRE PERMANENCIA ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR E AGENDA PARA PESQUISAS COM ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Permanência Estudantil
Ensino Superior
Administração

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Planejamento de Ensino (cursos, programas, disciplinas, aulas e avaliação)

Autores

Nome
1 - Jhony Pereira Moraes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
2 - Lisiane Quadrado Closs
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO (EA/UFRGS)
3 - Silas Dias Mendes Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Belo Horizonte

Reumo

A melhoria nas taxas de conclusão de cursos da educação superior brasileira indica a necessidade de se analisar o trajeto acadêmico de estudantes, direcionando olhares para a permanência no curso. Nesse contexto, as discussões sobre a permanência estudantil são relevantes, e vão ao encontro do interesse de pesquisadores, gestores e de movimentos sociais, que há algum tempo no país têm indicado a necessidade de se compreender as condições mínimas para o não abandono do curso pelos estudantes (ALMEIDA, 2007).
Este artigo tem por objetivo refletir sobre a importância de estudos voltados à permanência estudantil tendo como referência o curso superior em Administração. Autores como Felicetti (2014), Silva (2017) e Moraes (2019) têm focalizado no acesso e na conclusão do curso. Outros autores, apesar de discutir a permanência estudantil, têm priorizado os aspectos materiais (FELINTO, 2019; MACIEL; CUNHA; LIMA, 2019). Neste sentido, observou-se uma lacuna teórica no que refere aos estudos sobre permanência, isto é, a escassez de pesquisas que focalizem os fatores simbólicos e culturais (ALMEIDA, 2007).
No campo das instituições públicas de ensino, a permanência é discutida sob a ótica das políticas de permanência ou assistenciais, como estratégias de manutenção e garantia de direitos dos estudantes ao longo de sua trajetória acadêmica (SANTOS et. al, 2013). Há uma distinção entre políticas de permanência e assistência estudantil. No escopo das primeiras estão as diferentes maneiras de inserção plena na universidade, a assistência estudantil está contida nas políticas de permanência, mas possuem foco maior na garantia da frequência às aulas e em outras atividades.
Pesquisas sobre permanência devem propor a análise de aspectos socioeconômicos e políticos dos estudantes, características individuais, conjuntura, vocação profissional, assim como das estruturas institucionais (físicas e pedagógicas, didática docente) e o acompanhamento dos alunos como estratégia de evitação de abandono de curso (PACHECO et al., 2007). Alguns estudos que sinalizem em seus títulos a palavra “permanência”, centralizam suas análises sobre as causas ou motivações para a evasão, assim também sobre as possibilidades de gestão e estratégias para a retenção ou diminuição da evasão.
Pode-se afirmar que estudar a permanência do estudante no ensino superior é tão fundamental quanto o seu ingresso no curso e a conclusão de sua formação. Grande parte das pesquisas, na Administração ou nos demais campos, priorizam a análise de ingressantes e concluintes buscando evidenciar dilemas, dificuldades e características dos grupos sociais. Entretanto, observa-se uma lacuna quanto à compreensão da trajetória ou do percurso de tais grupos, considerando, de igual forma, suas características, dificuldades e dilemas para permanecerem estudando.
BERTERO, Carlos Osmar. Ensino e pesquisa em administração. São Paulo: Thomson Learning, 2006. MACIEL, Carina Elisabeth; CUNHA, Mauro; LIMA, Tatiane da Silva. A produção científica sobre permanência e evasão na educação superior no Brasil. Educação e Pesquisa, v. 45, 2019. PACHECO, Andressa Sasaki Vasques; NAKAYAMA, Marina Keiko; RISSI, Maurício. Evasão e Permanência dos Estudantes de um Curso de Administração a Distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil: uma teoria multiparadigmática. Revista de Ciências da Administração, v.17, n. 41, p. 65-81, 2015.