Resumo

A economia compartilhada é caracterizada como uma economia recente e atrelada aos princípios de inovação disruptiva, visto que se utiliza das tecnologias e meios de comunicação disponíveis no desenvolvimento de iniciativas empresariais inovadores (FEHRER et al., 2018; KIM; BAEK; LEE, 2018) e impactantes à sociedade. Nesse sentido, a nova economia para Belk (2014) é dependente da internet. O envolvimento social na troca ou compartilhamento, na visão de Davidson, Habibi e Laroche (2018), é caracterizado como inclusão de pessoas.

o objetivo é compreender o ponto de vista conceitual e empírico a economia compartilhada e, particularmente, as organizações que atuam nesse contexto. Para isso, duas questões foram direcionadas a) Como se encontra o campo de economia compartilhada no Brasil e no mundo? b) Diante do estado da arte conceitual e analítico dos negócios que atuam sob o modelo de economia compartilhada, como apresentar uma análise desse tipo de organização de forma a contribuir com o avanço do conhecimento inédito, bem como compreender o relacionamento da confiança nesse relacionamento com as pessoas envolvidas.

Em relação à modernização, Gansky (2010) realça que a economia compartilhada em conjunto com o desenvolvimento da tecnologia permite a integração do modelo empresarial em esferas modernas, on-line e, dependendo da estratégia empresarial, com as dimensões físicas incorporadas à estrutura negocial. A baixa exigência dos critérios de entrada para as novas formas empresariais, conhecidas como startups, representam organizações estruturadas na tecnologia e com a absorção de projetos ligados, prioritariamente, ao desenvolvimento de ideias inovadoras e beneficiadoras da sociedade.

O entendimento do ‘estado da arte’ do tema de economia compartilhada e consumo colaborativo, no aprofundamento de 1.313 artigos originados do Web of Science de 1978 a 2020 (janeiro), o qual pode ser vista na coocorrência de palavras-chave, técnica utilizada na compreensão do campo na visão de leitores, escritores e os próprios journals e a vertente empírica tem como base o detalhamento das características a iniciativas organizacionais presentes na colmeia de Owyang (2016). Resultando na criação de um gráfico analítico inédito de eixo de laço e de lucro dos negócios de economia compartilhada.

Belk (2014), defende que a plataforma de negócios é a interligação de que os indivíduos criam vínculos entre si, principalmente quando atrelados à divisão de experiências e a contribuições positivas. A criação de um gráfico inédito e com avanço teórico relevante, o qual analisa negócios da colmeia de Owyang (2016) nos eixos lucro e laço (menos laço e mais lucro; mais lucro e mais laço; mais laço e menos lucro; e menos lucro e menos laço) que sintetiza o caminho analítico da literatura com o "trust" e representa uma reflexão após análise detalhada de cada negócio.

A coocorrência de palavra chave permite a análise da evolução do campo por meio da palavra-chave em um período de 1978-2014 e individualmente até 2020, o qual complementa a criação de um gráfico inédito e analítico dos negócios de economia compartilhada, em um avanço teórico relevante, pois sintetiza o caminho analítico da literatura com o "trust" e representa uma reflexão após análise detalhada de cada negócio, sendo assim, permite-se um primeiro esforço de reflexão a forma em que os negócios se autodeclaram em relação as suas percepções de lucro e laço.

FEHRER, J. A. et al. Future scenarios of the collaborative economy. Journal of Service Management,[S.l.], v. 29, n. 5, p. 859-882, 15 out. 2018. KIM, K.; BAEK, C.; LEE, J. D. Creative destruction of the sharing economy in action: The case of Uber. Transportation Research Part A: Policy and Practice, [S.l.], v. 110, p. 118-127, 1 abr. 2018. DAVIDSON, A.; HABIBI, M. R.; LAROCHE, M. Materialism and the sharing economy: A cross-cultural study of American and Indian consumers. Journal of Business Research, [S.l.], v. 82, [s.n.], p. 364-372, Jan. 2018.