Resumo

Título do Artigo

Competitividade na Era das Plataformas: uma Discussão sobre as Estratégias Clássicas e os Novos Modelos de Negócios
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Palavras Chave

Competitividade
Plataformas digitais
Estratégia

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - Adriele Aparecida Gomes de Bem
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - viçosa
2 - Ana Cláudia Azevedo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Departamento de Administração e Contabilidade - DAD
3 - NAYARA GONÇALVES LAURIANO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - Departamento de Administração e Contabilidade (DAD/UFV)

Reumo

As plataformas digitais ascendem ao cenário econômico mundial com um novo paradigma competitivo, muito mais complexo e dinâmico do que os negócios tradicionais. Logo, a abordagem tradicional da Pvantagem competitiva não parece ser suficientemente capaz de explicar a competitividade assim como fazem nos pipelines. Os modelos clássicos da abordagem do posicionamento e da Visão Baseada em Recursos, são pouco aplicáveis ao estudo de ações competitivas das plataformas. Mesmo que certa inadequação seja reconhecida, ainda são poucos os estudos que se dedicam a estender tal discussão.
Este trabalho tem como objetivo investigar a evolução da abordagem tradicional da vantagem competitiva, no que tange aos modelos de negócio do tipo plataformas digitais, por meio de uma análise sociométrica e de uma revisão sistemática das publicações que se encontram neste escopo. Para tanto, foi elaborado um panorama da abordagem teórica de competitividade e plataformas que apresenta a partir da presente investigação as redes de referências, as contribuições teóricas e empíricas e a tendência dos estudos recentes.
Segundo a Visão Baseada em Recursos, a estratégia é baseada na combinação dos recursos de forma eficiente para melhoraria do desempenho. Contudo, nas plataformas a vantagem competitiva advém, sobretudo, da orquestração de redes e desenvolvimento de comunidades. Com o modelo das Cinco Forças temos a ênfase na criação de barreiras de entrada e na diferenciação. Todavia, nas plataformas o foco é nas trocas entre produtores e consumidores, nas interações e efeitos da rede associados. Logo, modelos de negócios em plataformas desafiam as empresas tradicionais e começa a surgir um novo movimento.
Muitas pesquisas têm enfatizado a interdependência dos membros do ecossistema - a tríade entre proprietários da plataforma, complementadores e usuários. Já outras pesquisas defendem a necessidade de se avançar para uma análise mais específica dos fornecedores (complementadores). Além disso, nota-se um movimento de estudos sobre os efeitos negativos do poder de mercado dessas plataformas, a fim de encontrar maneiras de lidar com os novos desafios decorrentes da plataformização.
Concluímos que as plataformas mudaram de forma significativa a lógica de competição, tornando necessário compreender melhor os efeitos da rede. A importância estratégica do modelo das Cinco Forças da competição e outras abordagens da estratégia e vantagem competitiva tradicional não se ajustam à realidade das plataformas, pois já não compreendem holisticamente a vantagem competitiva. As próprias forças da competição deixaram de afetar os mercados de inovação e as indústrias de tecnologia, sobretudo no tocante às plataformas.
KOVALENKO A.I. Multi-Sided Platform as a Value-Creating Network. Upravlenets – The Manager, 2017, no. 4(68), pp. 39–42. LIBERT, Barry; BECK, Megan; WIND, Jerry (Yoram). Network Revolution: Creating Value Through Platforms. 2016. PARKER, Geoffrey G.; VAN ALSTYNE, Marshall W.; CHOUDARY, Sangeet Paul. Plataforma: a revolução da estratégia. Alta Books, 2019. PORTER, Michael E. Competitive Advantage, New York Free Press., 1985. VAN ALSTYNE, Marshall; PARKER, Geoffrey. Platform Business: From Resources to Relationships Platform Business. GfK Marketing Intelligence Review, v. 9, n. 1, p. 24-29, 2017