Resumo

Título do Artigo

ÍNDICES ESG COMO PREDITIVOS DOS DESVIOS MORAIS DAS EMPRESAS BRASILEIRAS
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Palavras Chave

Índices ESG
Investimento sustentável
Escândalos corporativos

Área

Finanças

Tema

Governança Corporativa, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Mariana Palandi
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - São Paulo

Reumo

Uma das formas de integração dos interesses dos stakeholders às decisões estratégicas se dá a partir da aplicação de recursos financeiros na empresa ou pela empresa, ou seja, através dos investimentos. O tema de investimentos socialmente responsáveis vem ganhando cada vez mais espaço e passou a contar com um novo e polêmico capítulo: investimentos ESG. A crescente demanda por esse tipo de investimento e a dificuldade de identificar tais ativos levou algumas agências de rating a desenvolveram os chamados índices ESG, cuja acuracidade vem sendo questionada.
Para identificar ativos ESG, foram desenvolvidos índices calculados e divulgados por agências de rating, cujo objetivo é monitorar e avaliar como as empresas estão se comportando em relação a questões ESG. No entanto, assim como ocorre com a maioria dos parâmetros de sustentabilidade, a confiabilidade dos índices vem sendo questionada, uma vez que não há padrões obrigatórios e nem uma metodologia única e confiável no mercado para sua estimação. O objetivo do estudo é verificar se empresas com melhores indicadores ESG em um dado ano estarão associadas a menos casos de desvio moral no futuro.
Segundo Freeman (1984), os gestores devem formular e implementar estratégias coerentes com todos os grupos que de alguma forma afetam e são afetados pelos negócios da empresa. Segundo Renneboog et al. (2007), o investimento socialmente responsável é uma forma de incorporar valores como um elemento-chave do processo de gerenciamento estratégico. Investimentos ESG são um novo capítulo dos ISR. Para identificar tais ativos mais facilmente, foram desenvolvidos os chamados índices ESG, cuja acuracidade vem sendo questionada (Berg et. al, 2020).
Apesar de o conceito de investimento socialmente responsável não ser novo, o crescente destaque dado aos investimentos que se valem de critérios ESG tem trazido importantes temas para discussão, como, por exemplo, a eficácia e acuracidade dos parâmetros de sustentabilidade (Gurtuk e Hahn, 2016). Diz-se que as empresas com maiores índices ESG são aquelas mais aderentes aos critérios relacionados à meio ambiente, sociedade e governança corporativa com materialidade para elas. Assim, espera-se que empresas com melhores índices ESG em um dado ano estarão associadas a menos casos de desvio morais.
A hipótese desse estudo é que empresas com melhores indicadores ESG em um dado ano estarão associadas a menos casos de desvio moral em anos futuros. Tal hipótese não é significante a 5% (p<0,05) e, portanto, foi rejeitada. Este estudo possui conclusões similares a outros precedentes, como Utz (2019) e Serafeim e Yoon (2021), que buscaram testar a confiabilidade dos índices ESG relacionando-os a notícias ESG futuras.
Serafeim e Yoon (2021), Utz (2019), Berg et al. (2020), Gurtuk e Hahn (2016), Gibson et al. (2019), Friede, Busch e Bassen (2015), Freeman (1984), entre outros.