Resumo

Título do Artigo

CUIDADO COM A NOMOFOBIA PARA ELA NÃO TE PEGAR! A síndrome da dependência digital e seus efeitos na saúde mental
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Palavras Chave

Nomofobia
Dependência digital
Efeitos na saúde mental

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Aspectos Comportamentais e Decisórios da TI

Autores

Nome
1 - Stefani da Silva Santos
Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Campus Osasco
2 - Luis Hernan Contreras Pinochet
Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Campus Osasco
3 - Vanessa Itacaramby Pardim
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Santo Amaro
4 - Cesar Alexandre de Souza
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Faculdade de Economia, Adinistração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA/USP

Reumo

A nomofobia, fobia situacional evocada pela indisponibilidade de um smartphone ou pela ideia de não o ter, de não poder usá-lo ou mesmo perdê-lo, vem sendo considerada a nova doença do século, desencadeada pelo uso excessivo do smartphone. Assim como no contexto social, o vício em smartphone pode revelar-se no âmbito organizacional e, em face a crescente competitividade do mercado e a necessidade de muitas empresas com relação à disponibilidade dos funcionários, esse é um aspecto que demanda atenção.
O objetivo do artigo é entender o fenômeno da nomofobia a luz dos distúrbios psicológicos provocados e sua interferência na capacidade de se comunicar no ambiente de trabalho. Nesse sentido, foi possível propor um modelo teórico que analise os principais distúrbios psicológicos relacionados ao vício no uso de smartphone no ambiente de trabalho, considerando sua contribuição para a redução da capacidade dos indivíduos de se comunicarem com os outros membros da organização.
A dependência dos smartphones vem sendo considerada uma nova forma de vício tecnológico, sendo um produto da interação entre os indivíduos e estes aparelhos móveis. Desta forma, o uso excessivo vem influenciando o surgimento de diversos efeitos negativos no dia a dia dos usuários bem como em sua saúde física e mental. O termo nomofobia refere-se a uma série de comportamentos ou sintomas relacionados ao uso excessivo do celular. A fim de explicar o fenômeno, o estudo utilizou escalas adaptadas dos principais efeitos que afetam a saúde mental: solidão, depressão e ansiedade.
A pesquisa foi conduzida com 454 respondentes no ambiente online utilizando redes sociais. O Critério de seleção foi o indivíduo exercer trabalho remunerado. A base passou por tratamento de controle de missings data e outliers. A pesquisa teve abordagem quantitativa, com técnicas univariadas e multivariadas (teste T, MANOVA, Análise Fatorial Exploratória (AFE) para validação da escala com o suporte do software IBM SPSS v.25 e, posteriormente, a Modelagem de Equações Estruturais Baseada em Covariância (CB-SEM) foi aplicada para verificar os dados e testar a estrutura e hipóteses do modelo).
As hipóteses mostraram-se significativas confirmando as relações propostas pelo modelo teórico. Solidão e depressão, melhor que ansiedade, explicaram a influência que a nomofobia exerce na capacidade de se comunicar dos indivíduos quando inseridos no contexto profissional. Indivíduos com maior probabilidade de apresentar alta nomofobia incorporam traços psicológicos que envolvem a instabilidade emocional e poderiam se beneficiar da conexão existente entre as pessoas em um grupo social.
Os efeitos de solidão e depressão na saúde mental, são mais expressivos do que a ansiedade quando observamos a influência que a nomofobia exerce, ampliando estes efeitos quando o indivíduo está inserido no contexto profissional. Logo, indivíduos com maior probabilidade de estar com alta nomofobia incorporam traços psicológicos que envolvem a instabilidade emocional, sinalizando que poderiam se beneficiar da conexão com outras pessoas ao pertencerem a um grupo social. O aumento do nível de solidão e depressão indicam que há uma deficiência nos benefícios que o smartphone geralmente proporciona.
Kaviani, F., Robards, B., Young, K.L., & Koppel, S. (2020). Nomophobia: Is the Fear of Being without a Smartphone Associated with Problematic Use? Int. Journal of Environmental Research and Public Health, 17, 1-19 King, A.L.S., Valença, A.M., Silva, A.C.O., Baczynski, T., Carvalho, M. R., & Nardi, A. E. (2013). Nomophobia: Dependency on virtual environments or social phobia? Computers in Human Behavior, 29, 140-144 Yildirim, C., & Correia, A.-P. (2015). Exploring the dimensions of nomophobia: Development and validation of a self-reported questionnaire. Computers in Human Behavior, 49, 130-137